Construção em altura pode comprometer emergência aérea no Hospital de Faro

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O serviço de helicóptero para emergência médica ao Hospital de Faro pode estar comprometido se for aprovado o Plano de Pormenor da Lejana, nos termos em que está a ser submetido a discussão pública.
De acordo com um parecer da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) “a área abrangida pelo Plano de Pormenor da Lejana, encontra-se localizada numa zona de servidão do aeroporto de Faro e pela área da superfície de descolagem do heliporto do hospital de Faro”, refere o documento a que o JA teve acvesso.
A ANAC afirma que tendo como base a versão do plano para aquela zona, as cotas de alguns lotes para construção, ultrapassam a altura máxima de 60 metros permitida por lei e, por isso, um parecer favorável da Autoridade Nacional da Aviação Civil à versão do Plano de Pormenor da Lejana, está condicionado à diminuição dos valores de cérceas previstos”.
“Este valor de 60 metros, não poderá ser ultrapassado por quaisquer elementos, sejam elementos construtivos ou não, nomeadamente, chaminés, platibandas, equipamentos de ar condicionado, painéis solares, antenas, mastros e outros”, lê-se no documento.
Em causa está a construção de empreendimentos com mais pisos dos que estavam no plano inicial e com maior numero de frações por edifício. Há mesmo um conjunto habitacional que sobe, de 80 para 125, o número de fogos previstos na primeira versão do plano, havendo a registar ainda que a área de implantação de alguns projetos não corresponde ao valor registado na matriz predial.
Decorre, entretanto, uma petição pública online , sob o lema “Lejana transforma-se em horta de betão”, tendo em vista sensibilizar a opinião pública para “estas e outras situações pouco claras”, inclusive, a derrogação pela Câmara Municipal de Faro, anulando diversos artigos da planta de ordenamento do PDM e do seu regulamento e na sua área de intervenção.
A concretizar-se este plano nos termos em que se encontra, não seria a primeira vez que o heliporto do Hospital de Faro teria de mudar de lugar, já que o mesmo aconteceu em finais dos anos noventa quando, a edificação de um conjunto de prédios a poente do serviço de urgências, obrigou à sua deslocalização para o topo do edifício das consultas externas, onde ainda hoje se encontra.

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