Um total de 650 testes para despiste de COVID-19 foram realizados até terça-feira em sete dos cerca de 90 lares de idosos no Algarve, segundo o diretor do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC), Nuno Marques.
“Até à meia-noite de terça-feira foram efetuados 500 testes com resultados lançados e 150 estão a ser processados” revelou Nuno Marques, citado pela agência Lusa.
O ABC é a entidade responsável pela recolha de amostras nos lares de idosos na região, que são depois processadas no Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve.
Segundo Nuno Marques, a recolha das amostras nos lares de idosos do distrito iniciou-se no dia 31 de março, “nos lares com o maior número de utentes, sendo testados não só os utentes, como também os funcionários”.
“Neste momento realizámos testes em sete dos cerca de 90 lares de idosos do Algarve, estando a nossa prioridade centrada nos lares de maiores dimensões, ou seja, naqueles que têm o maior número de utentes, os que têm maior risco”, sublinhou.
Os resultados dos testes são comunicados às autoridades de saúde pública, a quem compete a sua divulgação, referiu o responsável pelo ABC.
Nuno Marques prevê um prazo de três semanas a um mês para que sejam efetuados testes em todos os lares de idosos do Algarve, até porque, afirmou, “a capacidade do número de testes diários tem vindo a aumentar de forma gradual”.
“Começámos com 90 testes, atualmente estamos em cerca de 160 e até final da semana prevemos passar para perto de 200 testes. Daí a nossa expectativa de que entre três semanas a um mês possamos ter os lares todos testados”, sustentou.
Contudo, o responsável pelo ABC salientou que o prazo pode estender-se por mais uma semana, “uma vez que pode ser necessário fazer segundos testes em algumas instituições”.
“Por vezes, pode ser necessário repetir os testes e aí teremos de ir uma segunda vez aos lares, porque além dos testes fazemos também o acompanhamento das situações detetadas nas instituições”, destacou.
Nuno Marques acrescentou ainda que o Algarve tem testes em quantidade suficiente, “permitindo rastrear, detetar e isolar os casos positivos em todos os lares de idosos da região”.