Covid-19: Hoteleiros criticam “falta de contacto” do Governo

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O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) mostrou-se hoje “surpreendido pela negativa” por não ter recebido qualquer contacto da parte do Governo quanto aos procedimentos a ter em caso de surto de covid-19 na região.

O Algarve é uma das zonas “mais expostas ao exterior e tem mais vulnerabilidades”, disse Elidérico Viegas ao JA, manifestando-se “apreensivo e expectante relativamente ao futuro”.

De acordo com o líder hoteleiro, as entidades competentes do Governo e do setor da saúde “ainda não tomaram nenhuma atitude nem elaboraram um manual de procedimentos para hotéis”, ao contrário do que já ocorrera no passado “em situações menos gravosas”.

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Considera que, nesta fase, a associação “já deveria ter sido abordada por alguma entidade”, uma vez que “se algumas unidades hoteleiras entrarem em quarentena, não se sabe o que fazer”.

Em caso de quarentena numa unidade hoteleira ou empreendimento turístico, Elidérico desconhece “quem pagaria a comida e a dormida ou os cancelamentos e prejuízos” que poderiam ocorrer.

“Estando o Algarve muito virado para o sector do Turismo, não é normal ainda não ter existido nenhuma aproximação por parte de qualquer entidade”, disse.

Referiu ainda que “não ficava mal às entidades responsáveis informarem os hotéis dos procedimentos a seguir se for detetado um caso suspeito”.

Em relação ao reflexo que o covid-19 poderá vir a ter no Turismo algarvio, o presidente da AHETA salienta que, até agora, a eminência da pandemia “não teve qualquer impacto” e garante que, enquanto estrutura associativa dos hotéis, a AHETA está “em condições de fazer chegar informação aos empresários da hotelaria, com muita rapidez e de uma forma eficiente”.

O presidente da associação salientou que vai tomar medidas junto das entidades competentes e falar com os responsáveis governamentais dos setores do turismo e da saúde.

Elidérico Viegas compreende “que não se deve causar o pânico, mas nos bastidores deveria estar a ocorrer alguma coisa”, uma vez que “estar preparado não prejudicava ninguém”, conclui.

Sendo o Algarve a “zona mais exposta e vulnerável ao exterior a nível nacional”, devido ao Turismo, considera “lamentável que na definição dos hospitais de primeira linha não tenham considerado a região”, o que “revela um desconhecimento total da vulnerabilidade do Algarve por parte dos nossos responsáveis”.

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