COVID-19: In Loco apresenta alternativas à compra de hortofrutícolas em supermercados

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A Associação In Loco anunciou esta semana que está a mobilizar as equipas dos projetos Leader-DLBC, Prove, 100%Local e Prato Certo, para reunir e disponibilizar a pessoas e organizações todos os contactos da sua bolsa nacional de produtores, cabazes e mercados, de forma a minimizar as consequências no consumo de hortofrutícolas da atual crise sanitária.

A In Loco contactou também diversos produtores do Algarve com disponibilidade para venda direta ao público ou entrega de cabazes agroalimentares em determinados locais dos concelhos do algarve “Trata-se aqui de contribuir para facilitar o acesso à pequena produção, oferecendo uma alternativa à compra de hortofrutícolas nos supermercados”, diz a associação de desenvolvimento local.

De acordo com a In Loco, a situação de pandemia vivenciada devido ao COVID-19 e o recentemente decretado estado de emergência obrigaram “a uma alteração no quotidiano das populações, com implicações a vários níveis. Com o encerramento ou limitação horária do comércio, mercados e feiras, muitos produtores agrícolas da região viram-se a braços com a necessidade de escoamento da sua produção. Por outro lado, a necessidade de isolamento social e proteção individual para efeitos de contenção da propagação do vírus, limitou a liberdade de circulação dos cidadãos e alterou as condições de acesso a produtos e serviços”.

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No sentido de contribuir para mitigar os efeitos da crise, a In Loco disponibiliza a base de dados nacional, para que possa encontrar a solução mais próxima:

95 Produtores: https://www.pratocerto.pt/produtos-e-produtores/banco-de-produtores

98 Cabazes: https://www.pratocerto.pt/produtos-e-produtores/cabazes-alimentares

105 Mercados: https://www.pratocerto.pt/produtos-e-produtores/mercados

A iniciativa conta ainda com o apoio e a mobilização direta dos produtores da região do Algarve e implica duas ações de fomento a circuitos curtos alimentares.

A primeira delas é a reativação da distribuição de cabazes agrícolas, que estão agora a ser vendidos em Albufeira, Olhão, Portimão, Lagos, São Brás de Alportel e Silves. O consumidor pode adquirir cabazes pequenos ou grandes de produtos da época ou biológicos por quantias que rondam entre os 6 e os 20 euros.

A outra ação é a divulgação de uma bolsa de produtores no centro do Algarve. Para reforçar a resposta dos cabazes, alargando-a a outros concelhos, estão a ser disponibilizados contatos de produtores de Albufeira, Faro, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira, para que o consumidor possa adquirir legumes e frutas junto do agricultor, sem intermediários.

A In Loco recorda que é apenas facilitadora neste processo, estando a gestão da produção disponível e das encomendas a ser realizada pelos produtores e produtoras aderentes.

“Face ao exposto, se pretende comprar e procura uma alternativa ao supermercado, só terá que escolher o produtor mais próximo da sua zona de residência e contactá-lo diretamente, para obter mais informação, efetuar a encomenda e agendar a sua entrega”, conclui a associação.

Entretanto, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve) juntou-se à iniciativa “O Prato Certo”, da responsabilidade da Associação In Loco. Outras ADLs (Vicentina e Terras do Baixo Guadiana) responderam igualmente ao desafio, com o intuito de alargar e potenciar ao máximo a Rede de Produtores Locais do Algarve.

“Numa altura em que a prevenção e as medidas de contingência adotadas para fazer face à pandemia do COVID-19, alterando hábitos e comportamentos dos consumidores, estão a afetar significativamente a capacidade de escoamento dos pequenos produtores, do agroalimentar e da pesca, por via das severas limitações ao funcionamento dos mercados físicos de proximidade, assim como dos estabelecimentos do canal da hotelaria, restauração e cafés, o intuito é encurtar a distância entre a oferta e a procura, apostar nos circuitos curtos de comercialização, pondo em contato direto quem produz (dos hortofrutícolas frescos e dos produtos da pesca e aquicultura, passando pelos transformados, entre outros) e quem consome”, diz a DRAP.

“Persegue-nos um duplo objetivo: garantir a sobrevivência deste tecido empresarial de cariz mais familiar, com menor dimensão e capacidade de resiliência face à adversidade, mas simultaneamente tão importante para a ocupação e estruturação da base económica dos territórios, e simultaneamente disponibilizar aos consumidores um modo mais seguro e socio-ambientalmente mais responsável para fazer as suas compras”.

A DRAP refere que lançou também o repto aos municípios e às juntas de freguesia do Algarve para se juntarem “nesta meritória iniciativa, não só identificando e incentivando produtores locais dos seus territórios que possam aderir, mas também divulgando e sinalizando a relevância de ser usada esta plataforma em rede para a realização de compras: Vender e Consumir Local, Ajudar a nossa Agricultura e Pescas. Por si, por todos Nós, pela nossa Saúde, pela nossa Região e pelo nosso País!”.

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