Covid-19: TAP cancelou mil voos até ao final de abril

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A TAP anunciou o cancelamento de mil voos entre março e abril devido à quebra no volume de reservas. Em causa estão os voos de menor procura, cuja frequência será reduzida por causa do coronavírus. O vírus já infetou mais de 95.000 pessoas, dos quais 3.254 morreram.

“O volume de reservas para março e abril mostra, desde as últimas duas semanas, quebras significativas relativamente ao ano passado”, refere o comunicado. “Este forte abrandamento da procura faz com que a TAP tenha procedido ao cancelamento imediato de voos com menor procura, reduzindo a capacidade em 4% em março e 6% em abril, o que representa um total de cerca de 1.000 voos”, explicou a transportadora.

A empresa liderada por Antonoaldo Neves acionou o plano de contingência que leva ao cancelamento de voos com menor procura. Irão incidir especialmente na operação para cidades nas regiões mais afetadas, como Itália, mas também Espanha ou França. São abrangidos ainda alguns voos intercontinentais, “dado o modelo de operação da TAP, como companhia de longo curso e conexão”.

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A TAP acrescentou, no mesmo comunicado, que irá contactar os passageiros afetados para, “em conjunto com eles” encontrar as melhores opções e alternativas para a realização das mesmas viagens.

Além dos cancelamentos, a companhia aérea está a também a tomar outras medidas de ajustamento ao impacto do surto nas receitas da empresa, incluindo suspensão de investimentos não urgentes, corte de custos e suspensão de novas contratações.

“A quebra na procura implica naturalmente um decréscimo da receita, pelo que, para proteger a integridade da sua tesouraria, a TAP tomou já algumas decisões fundamentais, como a suspensão de todos os investimentos não críticos, a revisão e corte de despesas não essenciais para o negócio ou a suspensão de contratações e novas admissões, para além da adequação da oferta à procura”, acrescenta o comunicado.

Em simultâneo, a TAP enviou aos trabalhadores uma nota, a que a Lusa teve acesso, em que fala ainda da “implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias”, bem como da “renegociação de contratos e prazos de pagamento” e da “antecipação de crédito junto de fornecedores”.

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