“Crescente procura justifica um salão imobiliário no Algarve”

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O certame vai contar com imóveis de todo o Algarve e de todos os segmentos

Imóveis para todas as bolsas – não só para os estrangeiros – e dezenas de iniciativas para mostrar as novas realidades do setor. Vai haver de tudo um pouco, entre os próximos dias 7 e 9 de junho, no Centro de Congressos do Arade, no 1º Salão Imobiliário do Algarve. Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, revela ao JORNAL DO ALGARVE o que se pode esperar daquela que será a maior montra imobiliária da região, onde “estarão representados imóveis de todo o Algarve e de todos os segmentos”. Segundo o autarca, este é um evento que faz “todo o sentido” dada a crescente representatividade da região na grande procura imobiliária existente no país

Jornal do Algarve – Como nasceu a ideia de organizar o 1º Salão Imobiliário do Algarve em Lagoa?
Francisco Martins – A ideia de organizar o salão imobiliário nasceu da intenção de, por um lado, dar a conhecer o Algarve enquanto destino de investimento e, por outro, promover o debate e a discussão das temáticas do setor imobiliário.

J.A. – Face à procura turística e ao investimento no imobiliário que a região tem aportado, acaba por ser uma sequência lógica criar um certame dedicado a este setor. Porquê só agora?
F.M. – Sim, podemos dizer que faltava no Algarve uma feira especializada no imobiliário, que promova a região enquanto destino de investimento.

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J.A. – O lema do evento é “mais do que promover o imóvel, promover a região”. Pode explicar…
F.M. – Quando idealizámos o salão imobiliário, pretendíamos que este tivesse uma abrangência regional e que não se confinasse ao concelho de Lagoa. Pretendíamos ainda um evento que desse a conhecer a região e a sua atratividade enquanto destino de investimento. Se formos capazes de divulgar a região com todas as suas potencialidades, estaremos certamente a atrair investimento e, consequentemente, o negócio imobiliário acontecerá.

J.A. – O Salão Imobiliário do Algarve vai reunir cerca de 40 expositores. Vai ter oferta de imóveis de toda a região? E vai haver oferta de casas para todas as bolsas, ou apenas propostas para os segmentos médio e de luxo?
F.M. – Sim, estarão representados no salão imobiliário imóveis de todo o Algarve e de todos os segmentos. Desde oportunidade de imóveis de desinvestimento da banca até ao segmento de luxo.

J.A. – O fenómeno de especulação imobiliária está cada vez mais presente em várias zonas do Algarve. Como encara este problema no seu concelho e na sua região. Receia que haja uma bolha imobiliária no Algarve?
F.M. – Não creio que possamos falar de uma bolha imobiliária no Algarve. O que temos assistido é a uma oferta de imóveis inferior à procura, com consequência no aumento continuado dos preços da habitação. Estamos conscientes de que o incremento do alojamento local e o investimento estrangeiro no Algarve tem contribuído para o desajustamento dos preços face à realidade económica da região.

J.A. – Mas admite que podem existir casos de preços demasiado elevados, e até especulação?
F.M. – Sim, essa especulação está a ser impulsionada pelo facto de a procura ser muito superior à oferta, o que faz com que os preços subam. A regulação do mercado imobiliário e a existência de um verdadeiro mercado de arrendamento irão permitir travar essa escalada dos preços que hoje assistimos.

J.A. – Apesar de tudo, o setor imobiliário está em crescimento e estima-se que possa crescer mais 20% este ano. Esta é a confirmação de uma recuperação depois de uma crise profunda no setor?
F.M. – Sim, sem dúvida. Estão de alguma forma a ser comercializadas agora aquelas construções que ficaram por acabar e por vender quando a crise se instalou. Agora, acima de tudo, importa aos agentes económicos ligados aos mercados da construção civil e imobiliário aprenderem com os erros cometidos e regularem e diversificarem a oferta e a qualidade da oferta, para que esta recuperação não se torne o anúncio de uma nova crise.

Francisco Martins salienta que o Salão Imobiliário do Algarve acentua a representatividade que a região tem ganho no panorama imobiliário nacional

J.A. – Quantos visitantes espera durante os três dias do 1º Salão Imobiliário do Algarve? Será de esperar mais investidores portugueses ou estrangeiros, já que o Algarve está cada vez mais no radar dos investidores internacionais?
F.M. – O nosso objetivo para os três dias do salão é recebermos 5.000 pessoas, entre profissionais da área, investidores e público em geral.

J.A. – Pela sua experiência como autarca e até como algarvio, quais são as zonas mais procuradas pelos investidores?
F.M. – Quando se pensa em investidores no Algarve, temos logo a ideia de que o único investimento que o Algarve consegue atrair está ligado à habitação (moradias de luxo) ou hotéis e aldeamentos turísticos. É precisamente isso que se pretende contrariar, e mostrar que os investidores podem investir no Algarve pelo que aqui há, não só pelas nossas belas paisagens e pelo sol.

J.A. – Este salão pode vir a tornar-se a maior montra imobiliária da região?
F.M. – Sim, esse é o objetivo.

J.A. – Paralelamente à exposição, está prevista a realização de outras iniciativas, que permitam aos profissionais e aos consumidores um contacto com novas realidades do setor. Quer destacar alguma?
F.M. – Sim, ao longo dos três dias, além da exposição, teremos diversos seminários e conferências destinadas a diversos públicos. O primeiro dia será destinado mais aos profissionais do setor imobiliário. O segundo dia será dedicado à habitação e às novas técnicas construtivas, com a apresentação dos novos instrumentos de apoio à promoção pública de habitação e o 1º Seminário Passiv House, que se realiza no Algarve. O terceiro dia será dedicado à reabilitação urbana, que tem sido bastante responsável pelo impulso que o mercado imobiliário está a registar atualmente.

J.A. – Qualquer outro comentário será bem-vindo…
F.M. – Não poderia finalizar esta conversa sem convidar os leitores do Jornal do Algarve a virem a Lagoa, nos dias 7, 8 e 9 de junho, ao Salão Imobiliário do Algarve, ver as novidades que os expositores têm para apresentar. O salão estará aberto entre as 14h00 e as 22h00, na quinta e sexta-feira, e até às 23h00, no sábado, e a entrada custa dois euros (crianças até aos 12 anos têm entrada gratuita).

(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 31 DE MAIO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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