Cristóvão Norte: “Governo tem que fazer alguma coisa pela saúde no Algarve”

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Cristóvão Norte (PSD)

O deputado social democrata Cristóvão Norte, eleito pelo circulo eleitoral de Faro, pegou nos dados do relatório de produção clínica do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) relativo aos primeiros meses do ano e considerou que o Governo “tem que fazer alguma coisa pela saúde no Algarve”.

Aqueles dados dão conta de “perdas muito significativas por comparação ao mesmo período de 2018”, considera o parlamentar, explicando que até abril, inclusive, regista-se um recuo de 21% nas cirurgias programadas, 8% nas externas, menos 6% de primeiras consultas e consultas subsequentes e, “mais preocupante ainda”, um aumento de mais de 8% nos óbitos registados no internamento e nas urgências hospitalares e básicas.

Cristóvão Norte recorda que questionou o Ministro da Saúde, mais que uma vez,  e que este afirmou desconhecer o relatório em causa.

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“Estes dados são conformes com a degradação dos serviços: por exemplo, no passado fim de semana, sem ortopedia em Faro, três doentes foram enviados para Portimão, recambiados para Faro e novamente enviados para Portimão, procedimentos que lançam o pânico em cidadãos mais frágeis e que atestam a incapacidade de resposta de quem se vê a braços com recursos insuficientes; o hospital de Faro tem estado nos últimos dias a funcionar sem TAC, para além de persistir na prática de ter doentes internados nas urgências”, refere o deputado.

Para Cristóvão Norte, estas circunstâncias “traduzem-se no aumento exponencial de queixas registadas em 2017 por comparação a 2016: mais 103% por comparação a um crescimento de 18% no resto do país, disparando de 2762 para 5596 queixas, sendo que Portimão passou a ser o Centro de Saúde do país com mais queixas, Albufeira e Faro entraram no top 10 deste ranking”.

Cristóvão Norte sublinha ainda que o Governo “tem que eleger o Algarve a prioridade nacional da saúde”.

“Temos de há muito os piores números, estas perdas são dramáticas e as queixas são a expressão de dor e desespero que se tem preferido ignorar levianamente. Os episódios negativos são mais recorrentes e estamos a andar para trás no acesso e na produção clínica. A saúde não pode ser negada aos algarvios”, lamenta o deputado.

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