Meio século é volvido desde que foi constituído o primeiro órgão regional de turismo, corolário do desenvolvimento que a chamada «indústria sem chaminés» havia alcançado no Meio Dia Português. Para além do que representou há meio século esta disposição governamental de então emanada, através dos Ministérios da Presidência e das Obras Públicas e publicada pelo Decreto – Lei nº 114/70, de 18 de Março, teve o relevante significado de uma regionalização, que o era de relevância no Portugal de então. Aliás o próprio texto do referido documento legal, publicado no então «Diário do Governo» (nº 65/70), era indicativo: «Criada a CRTA – Comissão Regional de Turismo do Algarve, constituída pela área de todos os concelhos pertencentes ao Distrito de Faro». Uma desejada e nunca concedida «Regionalização» que continua a ser um sonho adiado das gentes algarvias, para, como se diz na linguagem popular, «dia de São Nunca à tarde».
Esta efeméride, que não mereceu qualquer referência ou assinalamento oficial, teve ainda o mérito de procurar respostas concretas «no prazo de cinco anos», que o seria até 1975, para «as necessidades consideradas de primeira prioridade», o que deu origem ao chamado «Plano de Obras» com infraestruturas de saneamento básico, rodoviárias, de animação e outras, para o que era estabelecida uma verba de 300 mil contos.
Recordamos, ao jeito de lembrança e de homenagem, os nomes que integraram a primeira Comissão Executiva da Comissão Regional de Turismo do Algarve, constituída por: Dr. José Manuel Teixeira Gomes Pearce de Azevedo (presidente), Eng. João Manuel Olias Maldonado (vice – presidente, administrador – delegado), Major João Henrique Vieira Branco, Capitão de Mar e Guerra Cortes Carrasco, Celestino Matos Domingues e Dr. Pedro da Ponte (vogais).
Cinquenta anos volvidos sobre o aparecimento da CRTA hemos de considerar de grande valia e prestabilidade para a Região Mãe o trabalho desenvolvido ao longo de meio século.
João Leal