Foram estes os caminhos e as grandes posturas apontadas, como normas definidoras do modo de agir quanto à anunciada candidatura de “Faro, Capital Europeia da Cultura – 2007”, pelo Dr. Bruno Inácio, um dos três interventores no 1º debate dos vários organizados pela ACTA (Companhia de Teatro Profissional do Algarve) sobre esta pretensão de que o Algarve (porque de uma ação de interesse e concretização só possíveis numa visão regional), se pretende ser cenário. Na “taske force”, que é a grande linha de ação para que tal aconteça, preciso é que haja um envolvimento coletivo, aliás de acordo com a própria filosofia da iniciativa comunitária criada em 1985 por ideia da então ministra grega da cultura. Dedicada a três vetores específicos (urbanismo, saúde e segurança), outros se lhe seguirão numa sequência, com várias sessões, de acordo com o encenador da ACTA, Luís Vicente, que apontou o cunho informal dos mesmos, envolvendo “mais questões filosóficas que técnicas”, a que complementou com “somos poucos (não chegava a meia centena os presentes no Teatro Lethes) mas sairemos daqui imbuídos pelo espírito de vitória”. É evidente que esta ausência de responsáveis de múltiplas áreas nesta iniciativa que, mais do que do Município de Faro, o é de todo o Algarve, foi uma decepção para nós e daqui queremos destacar o conforto e dignidade que representou a presença dessa senhora, que é um orgulho para todos os algarvios e portugueses, que é a escritora Lídia Jorge.
Recorda-se que “O executivo autárquico cujo presidente e outros vereadores estavam presentes” ao perfilar Faro cidade candidata a Capital Europeia da Cultura – 2027, lançou um repto da maior importância para a cidade e região, repto a que estão afectas exigências de ordem e dimensão que vão muito para além de qualquer programa de eventos que anime as hostes do fazer artístico e da ação cultural. Ele comporta, antes de mais, a oportunidade de nos pensarmos coletivamente”. Foi esta uma ausência, quanto a nós e outras destacadas figuras do pensamento algarvio presentes no Lethes, que ressaltou desta primeiro debate afinaram por idêntico diapasão), em que intervieram igualmente a Dra. Ana Gonçalves (Administração Regional de Saúde). É hora, amanhã já o poderá ser tarde, de se lançar todo o referido “take force” para que o propósito evidenciado pela ACTA – “Este será um espaço nosso, da COMUNIDADE, onde debateremos o nosso FUTURO. Mesmo que a nossa candidatura não venha a ser vencedora, ainda assim, a circunstância de nos pensarmos coletivamente em termos de mapa, território e património, será, já em si, um fator da maior valia”.
João Leal