Uma mensagem enviada pelos serviços de antiterrorismo belgas a todas as polícias daquele país, citada pelos jornais belgas “La Dernière Heure” e “Sud Presse” e o francês “Le Point”, revela que o grupo terrorista se prepara para voltar a atacar alvos em França e na Bélgica.
“Os combatentes deixaram a Síria há uma semana e meia para chegar à Europa, através da Turquia e da Grécia, de barco e sem passaporte. Estas pessoas estão separadas em dois grupos, um para a Bélgica, outro para França, para cometerem atentados. De acordo com a informação recebida, estas pessoas já estão na posse das armas necessárias e sua ação é iminente”, escrevem as forças antiterroristas,
Em relação à ameaça na Bélgica, três alvos são citados: um grande centro comercial em Bruxelas, um restaurante de uma cadeia de fast-food norte-americana e uma esquadra da polícia (os últimos dois em locais não identificados).
Interrogado pelo “La Dernière Heure”, um responsável do organismo de coordenação de análise da ameaça de ataques na Bélgica (OCAM), confirmou esta informação, mas fez questão de “relativizar” a ameaça. “O OCAM recebe com frequência este tipo de informações em bruto. A nossa missão, em conjunto com os nossos parceiros, é a de contextualizar, analisar e verificar se é fiável”, afirmou Paul Van Tigchelt.
Apesar da ameaça, a Bélgica não aumentou o grau alerta para o nível 4 (grave e iminente). Neste momento, a ameaça encontra-se no nível 3 (grave).
Bruxelas foi alvo de dois atentados no aeroporto e numa estação de metro, a 22 de março, que mataram 32 pessoas e feriram cerca de 300.
Em França, onde decorre o Campeonato Europeu de futebol, um casal de polícias foi abatido por um simpatizante do Daesh, na última segunda-feira à noite. O duplo homicida, Larossi Abballa, foi abatido pelas autoridades. O rapaz de 25 anos era um recrutador de jovens aspirantes a jiadistas e chegou a estar detido em 2013 por suspeitas de preparar atos terroristas naquele país.
O país foi alvo de dois grandes atentados em 2015 e está em alerta máximo e em estado de emergência enquanto decorre o Euro 2016.
Hugo Franco (Rede Expresso)