A Aliança Cívica Salvar Faro, liderada por José Vitorino, antigo presidente da Câmara de Faro, criticou hoje o executivo autárquico da capital algarvia por este não ter contestado o plano de demolições das habitações das Ilhas Barreira enviado pelo Governo.
Aquele movimento político garante que está solidário com a revolta das pessoas e denuncia o que considera “intolerável deslealdade da Câmara para com as populações”.
“São dolorosas as desumanas injustiças, em que muitas pessoas com edificações nas Ilhas Barreira e sem espaços alternativos para viver ou desenvolverem atividades piscatórias são confrontados com demolições, o que merece da Aliança Salvar Faro total solidariedade”, refere a Salvar Faro, em comunicado enviado às redações.
A Aliança Salvar Faro recorda que, em ofício de dezembro, o gabinete da ministro do Ambiente informou o presidente da Câmara, “que deu conhecimento a todos os vereadores e presidente da Assembleia Municipal”, sobre os processos de demolições nos núcleos da Culatra, Hangares e Farol e na Península do Ancão (Ilha de Faro).
“Perante o conteúdo do ofício, exigia-se uma reação de forte repúdio dos órgãos autárquicos e com contrapropostas mas, em vez disso, num ato politicamente escandaloso e de deslealdade para com as populações, meteram o ofício na gaveta e ficaram calados numa atitude de consentimento”, lamenta a Aliança Salvar Faro.
“Perante tudo o que de muito grave se está a passar, a transparência obrigava a que se tornasse público o assunto, depois de na Sessão da Assembleia do final de dezembro o Grupo Municipal CFC/SF ter deixado expresso o protesto por o documento não ter sido agendado para debate e rejeição em vários aspetos”, acescenta.
“Pelas pessoas e milhões que querem gastar, as demolições são um disparate do radicalismo, quando o que se deve é requalificar os espaços, dinamizar as atividades piscatórias e definir as condições para uso do solo. Todos os radicalismos e fundamentalismos são penosos e condenáveis!”, defende a Aliança Salvar Faro.
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