Deputado do Kuwait enfrenta acusações por defender venda de álcool

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Nabil al-Fadhl, um deputado independente, apresentou no parlamento uma proposta de abolição da lei que proíbe dançar em concertos e festivais, de forma a permitir à população do Estado do Kuwait mais do que o atual balouçar e bater de palmas.

No seguimento desta proposta, um deputado questionou al-Fadhl se este também defendia a venda legal de bebidas alcoólicas, ao que o deputado independente respondeu “porque não?”. “No Kuwait, historicamente várias pessoas consumiam álcool em diversas ocasiões”, acrescentou. Esta resposta foi suficiente para que Nabil al-Fadhl fosse legalmente acusado por um advogado islâmico de desrespeitar a honra da sociedade do Estado de Kuwait.

Segundo o deputado Humoud al-Hamdan, “os antepassados do Estado de Kuwait eram conhecidos pela luta contra a corrupção moral, onde se inclui o álcool”. Para estes deputados, al-Fadhl é condenável pela difamação da história e da imagem do seu país.

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A abolição do álcool no território kuwaitiano deu-se pela primeira vez em 1964, mas foi em 1983 que o parlamento proibiu definitivamente o seu consumo.

Atualmente, é possível encontrar álcool no mercado negro de Kuwait. Segundo Nabil al-Fadhl, as bebidas alcoólicas “encontram-se disponíveis em grandes quantidades, mas somente para os mais ricos”, visto que uma garrafa de whisky no mercado negro vale 120 dinars, ou 340 euros.

Apesar de se tratar de uma monarquia parlamentar, o Estado do Kuwait é considerado um dos países mais livres do Médio Oriente na matéria de direitos políticos e civis, onde se inclui a liberdade de expressão.

RE

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