Deputados algarvios do PS questionam ministro sobre “degradação” dos serviços dos CTT

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Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo de Faro questionaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação sobre a degradação dos serviços dos CTT desde a sua privatização, em 2016, o que tem gerado grandes atrasos na distribuição e o encerramento de vários postos do serviço postal, como o de Vila Nova de Cacela, no Concelho de Vila Real de Santo António, anunciou o PS Algarve.

Os deputados do PS lamentam a realidade atual dos CTT, ” uma empresa que tem à sua responsabilidade um serviço público de extrema importância para o País”, apontando a degradação do serviço prestado e das condições de trabalho desde a privatização e a continuada redução de estações de correios, “entretanto transformadas em lojas CTT”, bem como do número de trabalhadores, e ainda o encerramento de “muitos dos centros de distribuição postal”.

Na pergunta ao Governo, que tem como primeira subscritora a deputada Célia Paz, salienta-se que o agravamento da degradação dos serviços verificado durante a pandemia “não é devido à falta de profissionalismo dos carteiros, mas sim à falta de número suficiente de funcionários”, em consequência de a administração dos CTT ter decidido “rescindir os contratados a prazo e todos os que se encontravam em período experimental”.

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“No algarve, desde meados de março, o atraso na distribuição de correspondência chega a ser de 15 dias, não há diferenciação na tipologia, seja de cor azul, verde ou express”, aponta Célia Paz, que denuncia que, “devido à cessação dos contratos por parte dos CTT, os trabalhadores que restam são “obrigados” a trabalhar por vezes onze horas diárias”.

“O Algarve tem sido uma região muito fustigada e prejudicada com estas decisões da administração dos CTT”, lamenta a deputada do PS, que aponta ainda o exemplo do encerramento da concessão do serviço postal na freguesia de Vila Nova de Cacela, em Vila Real de Santo António, cujo concessionário “anunciou a rescisão do contrato com os CTT devido às inúmeras reclamações dos cidadãos por atraso na entrega da correspondência, ainda que não sejam da sua responsabilidade”.

Destacando o “papel social dos CTT”, que “prestam um serviço público imprescindível a todos os Portugueses e ao país”, e lembrando que  muita da correspondência são “encomendas urgentes” e “vales/cheques de subsídios e reformas de pessoas idosas e carenciadas”, os parlamentares do PS consideram que “os CTT não cumprem os indicadores de qualidade de serviço exigido pela entidade reguladora”.

Por esse motivo, querem saber se o ministério das Infraestruturas e da Habitação “tem conhecimento da degradação em que se encontram os serviços CTT”, questionando que medidas equaciona “para que a imagem da prestação de um serviço publico e social não fique em causa”.  

Célia Paz, Joaquina Matos, Luís Graça, Ana Passos e Francisco Oliveira querem também saber “que medidas tenciona o Governo tomar para que os CTT não deixem de servir as populações de Vila Nova de Cacela”.

Os socialistas algarvios pretendem ainda que o Governo esclareça se, após o término da concessão do serviço universal dos CTT, em 31 de dezembro de 2020, vai ter em linha de conta  decisões para “garantir a continuidade e a disponibilidade do serviço postal universal com a qualidade exigida”.

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