Deputados do PSD: “Saída de 40 enfermeiros do CHUA é decisão que roça o absurdo”

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José Carlos Barros, deputado do PSD

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A saída de 40 enfermeiros dos hospitais de Faro e de Portimão, os quais estavam nos quadros do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), para os centros de saúde, sem que tenha sido aberto concurso para os substituir “é uma decisão que roça o absurdo”, consideram os deputados social democratas Cristóvão Norte e José Carlos Barros.

Este saída resulta da conclusão do concurso que tinha sido aberto em 2015 para recrutamento de enfermeiros para os centros de saúde. “O Governo tem que abrir concurso já”, exigem os deputados.

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Para Cristóvão Norte, esta decisão revela “má gestão de recursos humanos, deficiente organização e flagrante ausência de estratégia”, pelo que “é necessário que o Governo tome as medidas necessárias para resolver prontamente a situação, desde logo com a urgente abertura de concurso para suprir estas 40 vagas”.

Os deputados interrogam-se se não se poderia ter aberto atempadamente o concurso para os hospitais para que “esta sangria fosse imediatamente suprida”, pois “já se sabia de antemão que os candidatos aos centros de saúde eram os enfermeiros dos hospitais da região”.

“Que sentido faz que estes enfermeiros comecem a exercer funções a 1 de fevereiro quando os hospitais estão num pico de serviço e desesperados por meios humanos, tal como tem sido público e particularmente denunciado no Algarve?”, questiona José Carlos Barros.

“Por outro lado, sabendo de todos estes constrangimentos porque razão o Governo se demite de resolver o assunto e de tomar medidas de excepção quando são conhecidas as denúncias de capitulação dos serviços e a redução da oferta assistencial?”, prossegue Cristóvão Norte.

Cristóvão Norte sublinha ainda que “é conhecido que há problemas crónicos na região. Somar má gestão, péssima coordenação e dramática ausência de estratégia não tem justificação. Este é um exemplo absurdo. Abrir concurso já, é imprescindível. Todos os principais indicadores pioraram e a saúde continua a afastar-se dos algarvios. É preciso reforçar os meios, médicos e enfermeiros e avançar para um novo hospital central. O Governo vai avançar para quatro novos hospitais e o Algarve que desde 2006 é a segunda prioridade volta a ficar de fora.”

Esta é “uma situação absolutamente inaceitável e que responsabiliza particularmente o Governo, bem como os partidos políticos que o apoiam, tanto mais que, há já dois anos, o ministro da Saúde se comprometeu publicamente, perante a Assembleia da República e no Algarve, em resolver os problemas fundamentais da saúde na região. Assumiu que tomaria medidas para os resolver prontamente, mas agravou-os”, acrescenta José Carlos Barros.

Os deputados esperam agora que o Governo “dê o relevo que a questão merece e se empenhe em encontrar soluções”. Para esse efeito apresentaram um requerimento ao executivo liderado por António Costa.

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