A22: Descontos são “mais do mesmo”, diz Com. de Utentes

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Os descontos nas portagens na A22 anunciados esta quarta-feira “não são nada de novo” e ficam “aquém daquilo que se pretende”, disse ao JA o coordenador da Comissão de Utentes da Via do Infante, que reitera a oposição à existência de portagens.

Para João Vasconcelos, estas novas medidas não resolvem a “situação grave que se continua a viver no Algarve”, embora considere que “é melhor alguma redução do que não haver nada”.

“No entanto, o problema da Via do Infante continua, o que faz aumentar o número de acidentes na Estrada Nacional 125 e estradas secundárias, porque os automobilistas fogem às portagens”, enunciou.

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João Vasconcelos acredita que a Economia e o Turismo estão a ser sacrificados e que as portagens na Via do Infante são a “nódoa negra no Algarve”, região que “continua a perder em relação à Andaluzia”.

Com a o verão a chegar, época em que a população no Algarve triplica, “a situação ficará mais complicada”, uma vez que a requalificação da Estrada Nacional 125 “é uma vergonha” e “nunca mais avança”, nomeadamente no troço entre Olhão e Vila Real de Santo António.

Para João Vasconcelos, estes novos descontos são uma “operação de estética para calar algumas vozes” acerca da solução “possível e viável” da eliminação das portagens da A22, “prometida pelo primeiro ministro António Costa em 2015”.

Acrescentou que as portagens da Via do Infante dão um prejuízo ao Estado que quantificou em cerca de 15 milhões de euros por ano e, disse, quem ficará a beneficiar desta medida é a concessionária privada.

João Vasconcelos, também deputado do Bloco de Esquerda do círculo de Faro, recordou que será discutido e votado em março ou abril no parlamento um projeto do seu partido, entregue em outubro do ano passado, com o objetivo de eliminar as portagens em definitivo.

Em declarações à RTP, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse esta quarta-feira que a Via do Infante (A22) será uma das 10 autoestradas com perfil de SCUT a beneficiar de desconto de portagens a partir de julho, precisando que se trata de um benefício apenas para utilizadores frequentes.

A ministra garantiu que a medida representa uma redução de um quarto na fatura mensal e englobam apenas os veículos de classes 1 e 2 que passam frequentemente nas autoestradas agora abarcadas pela medida.

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