Direção do Clube de Ciclismo de Tavira demite-se

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Luís Constantino presidia a direção do Clube de Ciclismo de Tavira

A direcção do Clube de Ciclismo de Tavira acaba de apresentar a sua demissão ao presidente da Assembleia Geral do clube.

A decisão prende-se com toda a conjuntura que se vive atualmente e que “impede a direção de dar aos atletas aquilo que eles verdadeiramente merecem” e com os “entraves constantes” colocados àquela direcção por parte de “algumas entidades”, explica a estrutura liderada por Luís Constantino, em comunicado enviado hoje às redações.

Entre as justificações para a decisão, a direção refere ainda que o clube “pela dimensão que atingiu, não se compadece ser gerido de forma amadora, mas sim de forma profissional com alguém a estar diariamente no clube para tratar dos muitos assuntos que têm que ter resposta e resolução imediatas”. Aquela estrutura fala, ainda, de “problemas de saúde de alguns dos seus dirigentes”, facto que “tem feito com que o inicio desta nova época desportiva não esteja a ser planeada da forma desejada”.

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“Assim e para o bem do clube, achámos por unanimidade tomar tal posição, que estamos a dar a conhecer à imprensa, aos associados e ao público em geral. De certeza que muita gente se irá interrogar do porquê agora? Porque estamos ainda no inicio da nova época, e porque sabemos que nos bastidores existem candidatos a terem novas ideias e quem sabe novas condições financeiras para os nossos atletas”, refere a direção no mesmo comunicado.

A direcção garante que sai do clube “com o sentimento do dever cumprido”, mas também “com mágoa de verificar que algumas entidades não nos ajudaram em alguns momentos importantes”.

Ciclistas ganhavam o ordenado mínimo

No mesmo comunicado, a direção do clube tavirense destaca a vitória de uma Volta a Portugal “com um ciclista formado no clube (Ricardo Mestre)” e o “exemplar comportamento” de todos os ciclistas ao longo das últimas temporadas.

“É pena que a cidade e os tavirenses só tenham tido orgulho neles quando estes ganharam a Volta e não mostrassem o mesmo sentimento quando eles foram para a estrada a ganhar o ordenado mínimo. Esta é uma mágoa que nós dirigentes sentimos tal como os atletas. Estamos e estaremos ao lado dos nossos ciclistas e restante staff, sempre de corpo e alma, e porque queremos o melhor para eles, achámos por bem tomar esta posição que esperamos satisfaça alguém”, conclui a direção do Clube de Ciclismo de Tavira.

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