Dívida: À espera do leilão das 10h30

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Juros no mercado secundário desceram para 6,83% nas maturidades a 10 anos e 5,78% a 5 anos. Risco de default baixou para 37%. Movimento de baixa é extensivo ao restante grupo de membros da zona euro sob observação

O IGCP (Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público) realiza pelas 10h30m um leilão de Obrigações do Tesouro (OT) com maturidades em outubro de 2014 e em junho de 2020, num montante indicativo global entre €750 e 1250 milhões. O montante mínimo de alocação a cada linha será de €300 milhões. Trata-se do primeiro leilão de títulos de longo prazo no ano de 2011.

Segundo o IGCP, durante o primeiro trimestre deste ano, prevê-se o lançamento de uma nova série de OT e a realização de leilões de 4 a 6 linhas, sujeitos às condições de mercado. Os leilões terão lugar na 2ª e/ou 4ª quarta-feira do respetivo mês.

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Juros portugueses em 6,83%

À espera deste “teste”, os mercados financeiros da dívida abriram hoje de manhã prosseguindo a tendência de quebra de ontem quer nos juros implícitos da dívida soberana no mercado secundário (tecnicamente referidas como yields), quer na probabilidade de default (incumprimento de dívida soberana) relativas aos seis países (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Bélgica e Itália) da zona euro sob observação dos investidores na dívida.

Na abertura do mercado da dívida hoje, segundo dados da Bloomberg, os juros implícitos nos títulos a 10 anos baixaram em relação ao fecho de ontem em Portugal (está em 6,83%, claramente abaixo do patamar dos 7%), Espanha (está em 5,43%), Itália (4,76%) e Bélgica (4,24%). Estão a subir ligeiramente hoje de manhã nos casos da Grécia (11,74%, no entanto abaixo do patamar dos 12% em que estava na segunda-feira) e da Irlanda (8,64%, no entanto abaixo do patamar dos 9% em que estava no fecho da semana passada).

Recorde-se que a última operação de colocação de OT pelo IGCP ocorreu a 10 de novembro, antes do pedido formal de Dublin para a intervenção do FMI e de Bruxelas, que ocorreu a 16 de novembro.

Nesses leilões de novembro, o IGCP colocou €556 milhões com maturidade em 2016 com uma taxa média de remuneração ponderada de 6,156% e €686 milhões com maturidade em 2010 com uma taxa de 6,806%.

Mão do BCE e do Japão

Segundo dados da CMA DataVision, o risco de default continua hoje de manhã a tendência de forte baixa de ontem nos seis países, depois das intervenções do Banco Central Europeu no mercado secundário, classificadas pela Markit e pela Eurointelligence como “elevadas”, e do Japão ter declarado que vai adquirir 20% da emissão de títulos europeus a ser colocada no final do mês pela Facilidade Europeia de Estabilização Financeira (que está a financiar o resgate (…)

[peça publicada na íntegra na edição on-line do Expresso:
http://aeiou.expresso.pt/divida-a-espera-do-leilao-das-10h30=f625516]

Jorge Nascimento Rodrigues/Rede Expresso

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