Dois terços das famílias portuguesas fazem reciclagem

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A nova taxa sobre os sacos de plástico descartáveis não fez diminuir o uso destes recipientes como transportadores do lixo para os ecopontos. Quase metade das pessoas que separam as embalagens usadas utilizam-nos e apenas um quarto optam por sacos reutilizáveis. Esta é uma batalha ainda a ganhar, mas outra já caminha com melhor desempenho, já que “nunca como agora, as famílias portuguesas separaram tanto as embalagens usadas”, informa a Sociedade Ponto Verde (SPV), em comunicado.

Sete em cada dez separam o vidro, o plástico e o papel em casa e depositam-no para reciclagem, constata o estudo “Hábitos e atitudes face à separação de resíduos domésticos 2015”, esta quinta-feira apresentado pela SPV, em Lisboa.

Desenvolvido pela Intercampus, o estudo regista um aumento de dois pontos percentuais face aos valores de reciclagem de 2011, mas destaca que há um crescimento de 12% das pessoas que separam o lixo na totalidade (91% dos separadores) e não apenas alguns tipos de embalagens (78%).

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As mulheres continuam a ser as principais protagonistas desta atitude (46% dos separadores), dentro do agregado familiar. Mas um terço da população continua a não ter qualquer preocupação com este assunto e a não fazer separação do lixo.

“Temos consciência de que o trabalho não está concluído, pelo que iremos prosseguir com ações de sensibilização para incentivar a separação de resíduos”, afirma Luís Veiga Martins, diretor-geral da Sociedade Ponto Verde. Porém, sublinha, “o aumento do número de separadores resulta do empenho da SPV e de todos os parceiros, nomeadamente dos sistemas municipais e dos municípios”. Veiga Martins destaca o empenho da Câmara Municipal de Lisboa “que acolheu o lançamento da Missão Reciclar, a maior ação de sensibilização para a reciclagem alguma vez realizada pela SPV”.

Em ano e meio, a Missão Reciclar distribuiu 300 mil sacos reutilizáveis para reciclagem e bateu à porta de 1,6 milhões de portugueses. E Lisboa foi o distrito que melhor adesão demonstrou à separação do lixo (79%), seguido de Leiria (75%). Já Bragança foi o menos aderente, com apenas 28% das famílias a praticarem-na..

Reciclagem aumenta

Entre janeiro e abril de 2015, “foram retomadas cerca de 100 mil toneladas de resíduos provenientes da recolha dos ecopontos e porta à porta, o que corresponde a um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior”, indica também a Sociedade Ponto Verde ao Expresso.

Já em 2014, a reciclagem crescera 9% face ao ano anterior. Cerca de 419 mil toneladas de embalagens de resíduos de papel, plástico, vidro metal e madeira foram no ano passado enviados para reciclagem, o que correspondeu a “um máximo histórico” desde que a única entidade gestora deste tipo de resíduos começou a operar em Portugal, há 18 anos.

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