Doze sindicatos da TAP reunem-se para fazer frente à redução de salários

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Doze sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais o dos pilotos e do handling, deverão reunir-se hoje em Lisboa para discutir o anunciado corte nos salários, bem como medidas de ação.

Após o anúncio das medidas de austeridade decididas pelo Governo, que fazia referência a uma redução de salários na Administração Pública, o Ministério das Finanças esclareceu na semana passada que os cortes salariais entre 3,5 e 10 por cento nos salários brutos acima dos 1550 euros se estenderiam a todo o setor público empresarial.

A TAP, detida a 100 por cento pela Parpública (empresa estatal que gere as participações do Estado), faz parte do setor empresarial do Estado, pelo que os seus trabalhadores também verão os salários reduzidos.

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A reunião foi convocada na semana passada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e na altura destinava-se a perceber se a medida anunciada pelo Governo se estenderia ou não à transportadora aérea.

No entanto, com o esclarecimento prestado pelas Finanças de que a companhia nacional será afetada, a reunião poderá virar-se agora para formas de luta contra a medida. O jornal Expresso escrevia na sua edição deste fim de semana que os trabalhadores poderiam estar a equacionar aderir à greve de 24 de novembro com vista a fechar os aeroportos.

A Lusa contactou o sindicato dos pilotos e o sindicato organizador do encontro, o STHA, mas ambas as estruturas se escusaram a prestar declarações.

O encontro é considerado por fontes do setor como “histórico”, devido às dificuldades de entendimento entre vários dos sindicatos da TAP e por ser a primeira vez que se deverão reunir na mesma sala dois representantes de cada um de doze sindicatos do setor.

Os mais importantes sindicatos que deverão estar presentes na reunião são os Sindicatos dos Pilotos de Aviação Civil, dos Quadros da Aviação Comercial, dos Técnicos de Handling de Aeroportos, dos Técnicos de Informação e Comunicações Aeronáuticas, dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, dos Técnicos de Voo da Aviação Civil, dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil.

AL/JA

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3 COMENTÁRIOS

  1. Num tempo duro de sobrevivência para o país, é escandaloso que os privilegiados com emprego, se manifestem, enquanto uma grande parte da população já não tem emprego nem modo de sobreviver que não seja à custa da “sopa do Sidónio”.

    Quanto ganha um piloto? acham que ganham pouco? pois então emigrem e dêem o lugar a outros que não se importarão de para lá irem nem que seja apenas por trinta por cento daquilo que esses privilegiados ganham absurdamente, num país à beira da tragédia.

    Deveriam enxergar-se, e verem quanto têm sido beneficiados ao longo dos últimos cinquenta anos.

    Agora tomem consciência de que a vossa empresa está falida e vive à custa dos impostos da maioria da população, e que tão pouco, por miseráveis, ainda que pagando impostos, jamais poderá beneficiar dos vossos serviços. Quem beneficia são os da vossa classe burguesa. É a esses que viajam de avião, que a vossa empresa terá que pedir o aumento de preço do”ticket” de passagem, para que de forma sustentada a vossa empresa subsista e não à custa da miséria da nossa população em geral. Ficariam fora da concorrência face às outras empresas “low cost”? Isso é um problema existencial vosso e não da maioria dos portugueses que vos têm sustentado. Agora está na altura de aguentar e não chiar. A crise tem que tocar a todos.

    Não abusem do pagode, porque a TAP, já deveria estar encerrada há muito tempo, por devoradora dos impostos de todos nós a favor da burguesia que se pavoneia à custa dos mais fracos.

    Não viram o que aconteceu aos trabalhadores da DELPHI, em que o investidor privado, depois de fazer contas à sua vida mandou bugiar os trabalhadores portugueses. Então é altura de nestes tempos dificeis, para além da razão inquestionável que vos assiste, de tomarem consciência de que há outros em situações de vida à beira do precipício social, sem retorno nas próximas décadas.

    • Eis um comentário tipico de um Portugues que tem uma visão curta.
      A TAP não recebe fundos estatais, por motivos legais Europeus ha mais de 10 anos.
      Os funcionarios da TAP tiveram os ordenados congelados durante 5 anos enquanto os funcionarios publicos eram aumentados todos os anos.
      A TAP representa lucro para o Estado Portugues, caso contrario já teria falido ou sido privatizada há bastante tempo.
      Quando as pessoas falam do que não sabem é muito triste.

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