DSK continua acusado de proxenetismo em França

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Tribunal francês recusou ontem o pedido de anulação feito pela defesa de Dominique Strauss-Kahn, que assim continua acusado de proxenetismo. Escândalo sexual de Nova Iorque já motiva peça de teatro em Paris.

Os advogados de Dominique Strauss-Kahn (ou DSK, como é conhecido em França) denunciaram “graves violações dos direitos da defesa”, mas um tribunal de Douai, no norte de França, confirmou, ontem, que a instrução de um processo-crime contra o ex-diretor do FMI vai prosseguir.

DSK continua acusado, com mais nove pessoas, de “proxenetismo agravado em bando organizado” num escândalo conhecido como “l’affaire Carlton de Lille”.

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O ex-diretor do FMI e ex-ministro socialista francês das Finanças tem dito que desconhecia que algumas das mulheres que participaram com ele e os restantes acusados em diversas orgias em Lille, Paris e Washington eram prostitutas.

Os seus advogados pediram a anulação da instrução por não terem tido acesso a todos as peças do dossiê e por algumas delas terem sido publicadas pela imprensa “meses antes” da defesa as conhecer.

Recurso em marcha

A defesa de Dominique Strauss-Kahn confiava na anulação do processo depois de, em outubro, o procurador de Lille ter arquivado a acusação de “violação coletiva” que também pesava sobre o ex-dirigente socialista francês.

Nove dias depois de ver terminado o último processo que contra ele corria nos Estados Unidos da América – devido a um acordo secreto de indemnização a favor da camareira do hotel Sofitel de Nova Iorque que o acusava de tentativa de violação – DSK vai pois continuar ter de responder num processo em França.

No entanto, os seus advogados anunciaram esta manhã que vão recorrer da decisão do tribunal de Douai.

Peça de teatro “sem pés nem cabeça”

Os escândalos sexuais de DSK continuam a ter consequências em França e a ser objeto de polémicas e notícias quase permanentes.

Por esse motivo, o ex-diretor do FMI já se separou da sua mulher, a jornalista Anne Sinclair.

Agora, até uma peça de teatro – “Suite 2806” – inspirada no escândalo do hotel Sofitel de Nova Iorque está neste momento em cena, em Paris. A peça tem sido muito criticada, não tanto pelo conteúdo mas pela fraca qualidade. “Uma peça vulgar, sem pés nem cabeça”, escreve por exemplo o crítico da revista “L’Express”.

Daniel Ribeiro (Rede Expresso)
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