Duarte Lima burlou, ou não o BPN num negócio imobiliário de vários milhões de euros? Esta é a grande dúvida que começa hoje a ser desvendada às 10h00 no julgamento do caso Homeland/BPN na sétima vara criminal no Campus da Justiça.
O ex-deputado do PSD antecipou ao Expresso o caso de que vai ser agora julgado: “É perante o tribunal que se vai exercer o contraditório pela primeira vez”, lê-se numa resposta escrita enviada por e-mail. “A contestação que apresentei em tribunal faz uma demonstração exaustiva das razões de facto e de direito que evidenciam a falta de fundamento da acusação formulada pelo senhor procurador Rosário Teixeira, nomeadamente, a imputação de burla ao BPN.”
Em questão está a compra de terrenos de Oeiras em 2007 com crédito do BPN. O Ministério Público acusa Duarte Lima de ter burlado o banco em mais de 40 milhões de euros através de um fundo imobiliário denominado Homeland.
Além de Duarte Lima também são arguidos no caso o seu filho Pedro Lima, o sócio Vítor Raposo, os advogados João Carlos e Pedro Miguel de Almeida Paiva, e Francisco Canas também arguido no caso Monte Branco. O ex-deputado indicou 64 testemunhas, entre elas o ex-ministro Miguel Cadilhe, o músico Rui Veloso e os quatro ex-presidentes do BPN, entre outros.