Entre 2000 e 2007, a economia algarvia esteve sempre a crescer. Porém, a crise instalou-se e a situação alterou-se significativamente, com sucessivos anos de recessão: o investimento caiu a pique (uns impressionantes 65,5%), o desemprego atingiu valores dramáticos (pico de 17,6% em 2013 – quase 50 mil pessoas sem trabalho) e muitas famílias e empresas ficaram com a “corda na garganta”. Estas são algumas das conclusões da “Retrospetiva 2007-2015”, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve. O relatório salienta que “atualmente verifica-se já alguma recuperação”, mas alerta que permanecem “sinais que ainda suscitam preocupação”. Ou seja, a recessão acabou, mas a crise ainda pode continuar…
O Algarve é a região do país que perdeu mais riqueza, competitividade, coesão e qualidade ambiental desde que se iniciou a crise, há cerca de uma década. E esta situação ainda levará alguns anos a corrigir. A conclusão é do boletim anual “Algarve Conjuntura – Retrospetiva 2007-2015”, divulgado na semana passada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
“O Algarve foi particularmente afetado pela crise de 2008, como o demonstram alguns dos indicadores disponíveis. Em certas situações, a região apresentou mesmo o desempenho menos favorável de todas as regiões de Portugal”, refere o relatório…
(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÍNTEGRA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – 12 DE JANEIRO)
Nuno Couto | Jornal do Algarve