Na fronteira com a Sérvia, a Hungria contruiu um vedação para impedir a passagem de refugiados. Agora é vez de prolonga-la na fronteira com a Roménia e em alguns pontos com a Croácia. O anunciou foi feito esta esta quarta-feira pelo primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, em entrevista ao jornal austríaco “Die Presse”.
“Decidimos contruir uma vedação também na fronteira com a Roménia. Vamos ainda erguer outras em certos pontos da fronteira com a Croácia”, disse citado pela agência Reuters.
Ainda na entrevista ao jornal austríaco, Viktor Orban diz que irá votar contra a proposta de recolocação de 120 mil refugiados. A União Europeia está a estudar uma forma de distribuir estas pessoas pelos Estados-membros, através de quotas obrigatórias. Na passada segunda-feira, não foi possível chegar a acordo no conselho extraordinário. A decisão ficou adiada para 8 de outubro.
“Vou votar contra. Mas se é uma lei, legalmente não nos podemos opor. A Hungria perderá em tribunal. Essa é a armadilha institucional”, referiu.
Perante as anunciadas intenções de construir mais vedações, quer para norte (na Roménia), quer para sul (Croácia) será preciso abrir os cordões à bolsa e comprar mais material para avançar com a obra. Segundo avança o jornal britânico “The Guardian”, a empresa alemã a que a Hungria comprou o arame farpado para erguer a primeira vedação já se recusou a vender mais. A Mutanox alega que o arame farpado serve para prevenir atos criminosos e que crianças e adultos a fugirem da guerra não pode ser considerado um crime.
RE