Economia mundial com menor crescimento desde a crise financeira

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O crescimento mundial vai continuar a abrandar em 2015, segundo a revisão em baixa divulgada esta terça-feira, no Peru, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu World Economic Outlook. Será mesmo o pior ano desde a crise financeira com um ritmo de 3,1%.

Depois de uma ligeira recessão de 0,7% em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial desacelerou de 5,4% em 2010 para 3,3% em 2013, acelerou para 3,4% no ano passado e voltará a perder gás este ano. Só em 2020 regressará a uma taxa de 4% em 2020, o ritmo médio anual entre 1997 e 2006.

O FMI viu-se obrigado a rever em baixa sucessivamente em julho e agora em outubro as previsões de primavera. Os culpados deste fraco comportamento global são uma fraca progressão do crescimento nas economias desenvolvidas e um plano inclinado na taxa de crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento, que vão registar pelo quinto ano consecutivo um declínio dessa taxa.

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Os EUA crescem 2,6% em 2015 e 2,8% em 2016, depois de 2,4% no ano passado, enquanto a zona euro registará um crescimento mais moderado: de 0,9% em 2014, para 1,5% em 2015 e 1,6% em 2016. De assinalar que a Itália, Finlândia e Chipre saem em 2015 da situação de recessão, ao contrário da Grécia que vai reentrar em recessão em 2015 e 2016, como também é confirmado pelo projeto de orçamento para 2016 apresentado na segunda-feira no Eurogrupo e no Parlamento grego.

O Japão liberta-se de uma recessão ligeira em 2014 para registar crescimentos ainda mais moderados do que na zona euro: de 0,6% em 2015 e de 1% no ano seguinte. Nas economias emergentes os casos mais dramáticos têm a ver com a Rússia e o Brasil, dois dos BRIC, que se manterão em recessão por dois anos, com uma quebra acumulada do PIB em 2015 e 2016 de 4,4 pontos percentuais no caso do primeiro e de 4 pontos percentuais no caso do segundo.

Uma das causas do abrandamento global é a redução do ritmo de crescimento da China de 9,3% em 2011 para 7,3% em 2014 e, de acordo com estas novas previsões do FMI, para 6,8% e 6,3% em 2015 e 2016.

RE

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