«Ruben Santos, homem das ilhas e da diáspora («Nós/, gente da ilha/, gentes do basalto, /na procura do mundo….») revela uma rara sensibilidade, na vida como na poesia» – eis o retrato inteiro e íntegro, completo e pleno deste açoriano, pelo nascer e viver e deste algarvio, pelos muitos serviços prestados à região onde, em boa hora se fixou. O texto da autoria do também notável «homem das ilhas», José Andrade. Escreve-o no completo Prefácio com que abre a última obra publicada, «Ecos Inacabados», inserta na farense colectânea poética e não só «Cadernos Santa Maria» e que o querer, dedicação e labor de outro poeta e prosador, o Engenheiro Tito Olívio, vai mantendo nos seus 164 títulos já publicados.
É um livro que se lê de seguida, como se um «gin» houvéssemos no Bar do Peter, á borda beira do porto faialense, de tão gratas memórias por todos os marinheiros de todo o mundo. Ruben Santos, que viveu em 3 continentes (Europa, Africa e América), que foi o «Senhor Presidente do Conselho Mundial das Casas dos Açores», é uma figura íntegra nas análises cívica, familiar e moral.
No Algarve deu um impulso único ao fomento das relações entre «as nova ilhas do atlântico» e a «terra donde partiram as caravelas de Gonçalo Velho Cabral…Foi a «Casa dos Açores» (cujo redinamização desejamos), o restauro das «Festas do Espírito Santo», essa verdadeira Universidade Aberta Açoriana, que o foram as «Semanas Culturais»… e tudo o mais.
Em «Ecos Inacabados» ressurge o poeta em pleno seja-o no Brasil (Gravati), em Monterey (Califórnia), como no Algarve (Faro e outros locais), como acontece no derradeiro poema escrito em terras algarvias (2021): «O passado está presente, / Num presente já passado. / É um flagelo premente / Num caminho inacabado.»