Não às portagens: a luta continua
Desprezo, desprezo e mais desprezo…! Sessenta e cinco dias depois de terem pedido uma audiência urgente com o primeiro-ministro, os autarcas algarvios continuam à espera de resposta.
Sem diálogo e na iminência da introdução de portagens na Via do Infante (A22), Macário Correia expressou o desânimo e a revolta de toda uma região, ao apelar aos algarvios para se recusarem a pagar as portagens na Via do Infante, em protesto contra o Governo, que já decidiu colocar dez pórticos naquela via sem consultar ninguém neste “Reino dos Algarves”.
A ideia é forçar o Governo a dialogar, mas, se isso não acontecer – e existem grandes possibilidades de estarmos certos – seria interessante verificar até que ponto os algarvios levariam este “cavalo de batalha” até ao fim.
Afinal, se todos os algarvios não pagarem, os tribunais vão entupir com a imensidão de processos. Porém, há que soltar um grito de revolta contra as portagens, pois o Algarve ficou conhecido durante décadas por ter a “estrada da morte”, que perdeu o rótulo quando foi finalmente concluída a A22.
E ninguém quer regressar a esses tempos acidentados, tristes e sangrentos! E para que nos querem cobrar portagens? Na página da Brisa, por exemplo, existe um artigo que conclui: “Pagar portagens equivale em termos práticos a construir novas autoestradas.
Em suma, com o simples gesto, cada qual faz uma aposta efetiva no crescimento e desenvolvimento estrutural do país”. Ou estes senhores não conhecem o Algarve ou estão a brincar connosco!
Com as portagens, adivinha-se a ruína de muitas empresas, o destino turístico será menos apetecível, os acidentes vão voltar a disparar e o dinheiro cobrado será investido noutras estradas – é certo – mas não aqui!