As forças de segurança egípcias mataram 12 pessoas e feriram outras 10 que se encontravam numa excursão turística pelo deserto ocidental do país, no domingo. As vítimas terão sido confundidas com terroristas. Dois dos mortos e pelo menos cinco dos feridos são de nacionalidade mexicana. O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, já declarou condenar estes atos e exigiu ao Egito que leve a cabo uma investigação aprofundada sobre o sucedido.
As vítimas encontravam-se em quatro viaturas que se deslocavam pelo deserto ocidental, numa área de acesso proibido a turistas. As forças militares egípcias, confundindo-os com jiadistas, perseguiram-nos e alvejarem-nos, segundo referiu o Ministério do Interior egipcio em comunicado. A agência de turismo que os transportava “não possuía autorizações nem informou as autoridades”, indicou Rasha Azaz, porta-voz do Ministério, à agência Associated Press.
Tradicionalmente local de atração turística, o deserto ocidental faz fronteira com a Líbia e é utilizado como local de esconderijo pelos jiadistas, entre eles os da filial egípcia do autodenominado Estado Islâmico (Daesh). A zona também serve de ponto de entrada para armamento.
No domingo, a filial do Daesh anunciou ter “resistido a uma operação militar” no deserto. Este grupo surgiu após a deposição do Presidente egípcio Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, em 2013. Já terá morto centenas de soldados e policias egípcios, segundo indicam as autoridades do país.
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