A administração da Rede Elétrica Espanhola (REE), cuja filial Red Elétrica Internacional (SAU) foi nacionalizada no dia 1 de maio pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que vai pedir indemnização financeira ao governo boliviano pela decisão. Em comunicado, a direção da companhia lamentou a decisão da Bolívia, mas disse que espera chegar a um acordo para uma “compensação adequada”, uma vez que a medida “vai contra todas as regras do mercado livre”.
Na terça-feira, durante as comemorações do Dia do Trabalhador, Morales anunciou a expropriação das ações da Rede Elétrica Espanhola na Red Elétrica Internacional – SAU e ordenou às Forças Armadas que assumam o controlo das instalações da empresa. A medida ocorreu duas semanas depois de a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, expropriar a petrolífera espanhola YPF.
Morales justificou a expropriação alegando que a empresa não investe o suficiente na Bolívia. No decreto, o presidente determina a nacionalização de todas as ações da empresa no país.
Segundo Morales, a medida é um “reconhecimento justo” aos trabalhadores e ao povo bolivianos. De acordo com o presidente, os serviços prestados pela empresa serão mantidos, sem riscos de interrupção, e os empregos e os direitos dos funcionários estão garantidos.
No poder desde 2006, Morales anunciou várias expropriações. Inicialmente, foram as empresas petrolíferas, depois as mineiras e de cimento, agora a espanhola de energia elétrica. Geralmente, ele escolhe o 1º de Maio, Dia do Trabalhador, para anunciar a nacionalização de empresas.
