Os sinais são positivos mas nada está seguro
A Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), liderada por Vítor Neto, congratula-se pela “evolução positiva da economia do Algarve, nomeadamente na área do turismo e das atividades a ele associadas”. Ainda assim, a associação apela para “a responsabilidade e o bom senso, evitando euforias, pois nada disto caiu do céu e nada disto está seguro”.
“Para garantir a sua continuidade vai ser preciso manter o esforço, muito trabalho e inteligência. É do interesse do Algarve e do país”, lê-se num comunicado, divulgado na terça-feira, assinado pelo antigo secretário de Estado do Turismo (1997-2002), nos governos de António Guterres.
Vítor Neto salienta que, apesar do aumento das receitas do turismo nos primeiros oito meses do ano, a região deve começar desde já a fazer “uma reflexão séria sobre as causas da evolução positiva do ano”.
“Todos sabemos que o turismo – para além da melhoria real da nossa oferta e imagem – beneficiou das crises de destinos concorrentes. Mas seria um grave erro pensar que essa situação se vai manter”, acentua o presidente do NERA.
Assim sendo, Vítor Neto propõe “localizar as origens dos crescimentos (países e mercados, segmentos) e as suas causas e motivações (produtos, transporte, preços)”, porque “não basta falar de melhores anos de sempre”.
“Esta reflexão regional impõe-se porque não bastam as análises ‘nacionais’ que ‘esquecem’ sistematicamente a especificidade do Algarve e diluem – por razões políticas – o seu peso no quadro nacional”, sublinha o empresário no comunicado.
