Algarve tem sete meses para se preparar para portagens

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A revolta é geral. Na região, ninguém está de acordo com a introdução de portagens numa via sem alternativas. E nem mesmo a garantia do Governo de que “toda a população” dos 16 municípios vai beneficiar de isenções e descontos cala a “revolta”. A aproximação das portagens está a deixar o Algarve em polvorosa!

(Texto na íntegra na edição de 16 de setembro do Jornal do Algarve)

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5 COMENTÁRIOS

  1. A alternativa é a desgastada e deteriorada estrada nacional 125 que há muito deixou de ter condições de circulação em alguns pontos do Algarve pondo em causa a segurança de todos os utilizadores dessa via

  2. Espero que a população do Algarve tome uma atitude em relação a este abuso! Repare: a via do infante foi fabricada com placas que CHUMBARAM nos testes de qualidade na espanha e os espanhóis «despacharam-nas» para portugal. A via do infante tem troços que queimam a borracha dos pneus – eu ando nela diáriamente e mudo anualmente de pneus. A EN 125 não é alternativa – é das mais perigosas estradas do país! O algarve é a região com o nível de vida mais caro, e os turistas já se queixam, logo, a portagem vai empobrecer ainda mais a região. SENHORES E SENHORAS, o que é que estamos á espera? Não nos vamos organizar? Não vamos fazer marchas de protesto? Que tal cortar a via do infante ao pé da fronteira para espanha?

  3. Isto é uma vergonha. Vergonha para nós e vergonha para quem vem de fora. Já imaginaram um turista espanhol (ou de outra nacionalidade) que chega por autoestrada até à ponte do Guadiana sem pagar um tostão (e numa autoestrada em condições) e vai pagar à entrada de Portugal para circular numa pseudo autoestrada que mais parece um caminho de cabras?????? O melhor é irmos todos embora deste país e deixa-lo entregue a essa cambada de políticos que só querem é tachos…

  4. O Algarve, historicamente sempre foi terra esquecida. A partir dos anos setenta do século passado com o desenvolvimento do turismo internacional, e com a gula dos operadores turistícos e da construção, tomou foros de escândalo a especulação pela descarecterização que conduziu a algumas das pequenas aldeias e vilas (Quarteira, Armação de Pêra e outras), mas esse pormenor fazia parte de um país vítima fácil do capital selvagem.
    Outrossim, continuanos a ser depredados, agora pelo governo central, com a aplicação de portagens numa via que foi paga com ajudas da CEE, denominada de SCUT (Sem custos para o utilizador). Como estamos na hora de começar a ajustar as contas com Bruxelas, e vivendo o país um dos seus momentos mis difíceis, sem controle da despesa pública, e com um “Plano de Estabilidade e Crescimento” (PEC), a servir de paliativo, sem acção e grandes resultados momentâneos, e com mais uma perspectiva de aumentos de impostos directos e indirectos sobre a população e as empresas, com as derramas municipais a contribuir para o descalabro e empobrecimento do tecido de uns de outros (empregados e empresas), vimos sem esperança que se avizinha um futuro e ainda bem pior que o momento que estamos atravessar, numa região que contribui em larga escala para o número de desempregados que não há memória para um país que nos prometeram de “Terra da fraternidade” onde o “O povo é quem mais ordena”. Nem um nem outro se cumpriu, a não ser o do consumismo desenfreado, promovido pela gula dos banqueiros, a quem o Estado português também está penhorado.

    Como é possível, numa região sem uma verdadeira alternativa víária consistente e de forma draconiana imporem mais um imposto indirecto sobre a população residente e a outros que nos visitam contribuindo para um quadro ainda mais miserabilista em termos de imagem para a região e para o país sem dó nem piedade. O Eng.º Almerindo Marques, clama na praça pública que não tem dinheiro e que está em risco de fechar a loja, e o Governo rapidamente acelera e lança mão de uma política “ou há moral e comem todos pela mesma medida”, e sem apelo nem agravo, os algarvios veêm-se constrangidos a comer pela mesma medida, não tendo outra alternativa, se não pagar e calar. Pura política de acto consumado.

    A injustiça é ainda maior e mas clamorosa, porque classificam a “A22” de auto estrada, quando ela não possui as condições mínimas para como tal poder ser classificada. Mas na hora de apertar o cinto, esse pormenor pouca importância tem. E o mais grave da questão é que é um imposto que vem para se instalar conferindo-lhe um estatuto de “abusus non tollit usum”, i.e., (o abuso não destrói o uso; pelo facto de o abuso ser repreensível, nem por isso o uso deixa de ser lícito). Sob esta máxima do direito antigo, todos oa algarvios nas próximas décadas irão ficar com mais um imposto injusto para pagar. Porque pela finitude do espaço geográfico da província, jamais será possível dotá-la de outra via alternativa em condições dignas de prover o progresso da região sob uma perspectiva de dignidade. Esta é mais uma herança perversa que deixamos à nossa juventude. Durante a época romana havia portagens para as suas vias; na Idade-Média e Moderna, portagens houve. E agora portagens haverão para o futuro. Não temos nenhuma saída brilhante, nem varinha de condão para contrariar este miserabilismo endémico que se apoderou deste pequeno rectângulo que se chama Portugal, e que mais uma vez se vê constrangido a não embarcar no comboio do desenvolvimento com condições dignas de qualidade de vida,e com esperança num futuro feito de certezas e não de abstracções castrantes como mais esta das portagens na Via-do-Infante.

    Bem podem os nossos governantes limpar as mãos à parede com mais esta arbitrariedade, que só servirá para revoltar ainda mais as tripas dos algarvios já de si tão biliosas para com as fraquezas de quem nos governa. Tudo isto, por outras palavras, snrs. governantes é a voz e o sentimento de injustiça que se abate sobre uma população activa que se considera castigada e injustiçada, por mais um imposto que se irá prolongar por muitas décadas. Porque se quisermos ir a Lisboa, de facto temos uma alternativa, de quase sem portagens, mas aqui no Algarve é não dar chance a ninguém. É como apanhar o coelho logo à saída da toca com uma cachaporrada na cabeça.

  5. Portugal tem que pedir 2500000(dois milhões e quinhentos mil euros)por hora ao estrangeiro para poder viver e o povo anda a discutir se paga ou não as scuts,por amor de deus.O povo deveria discutir era transportes alternativos ao carro para se deslocar dentro do algarve,eu nesta debate concordo e o jornal do algarve deveria lançar este debate na sociedade algarvia.

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