Algo vai mal nas estradas algarvias

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Só com uma “reestruturação de fundo ao nível das infraestruturas rodoviárias” será possível fazer descer a sinistralidade no Algarve, defendem os utentes

O número de acidentes e vítimas mortais nas estradas do Algarve continua a dar sinais alarmantes nos primeiros meses de 2019. E não há explicações evidentes para este retrocesso… ou existem? O JORNAL DO ALGARVE ouviu esta semana os representantes dos dois movimentos que mais se têm destacado na luta pela requalificação da EN125 e pelo fim das portagens na Via do Infante. Para Hugo Pena e João Vasconcelos, a falta de investimento nas vias rodoviárias e o resultado das portagens está à vista. E a prová-lo estão o número de mortos e acidentes que continuam a persistir mesmo em troços requalificados

> NUNO COUTO

Apesar das campainhas de alarme que soaram com os números de 2018 – quarenta mortos em acidentes de viação, mais 25% em relação ao ano anterior, o pior valor registado nos últimos seis anos – a sinistralidade rodoviária continua, em 2019, a dar sinais preocupantes de agravamento no Algarve.

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Desde o início do ano e até ao passado dia 15 de março, já morreram nas estradas regionais nove pessoas, mais uma do que em igual período do ano passado. O número de acidentes também é o mais elevado dos últimos anos, com 1.726 sinistros registados desde o início de 2019, mais 39 em relação ao período homólogo do ano passado. E o número de feridos graves já atinge os 36, o mesmo valor verificado em igual período de 2018.

Foto: Facebook Comissão Utentes Via do Infante

Esta evolução negativa é ainda mais evidente quando se analisam os últimos 12 meses. De 16 de março de 2018 a 15 de março de 2019, o Algarve registou 41 mortos, mais 10 vítimas mortais do que nos mesmos 12 meses anteriores, sem que existam explicações evidentes para este retrocesso. Ou será que existem…? Foi isso que procurámos saber junto de quem anda há anos a protestar contra o mau estado das estradas algarvias, mesmo depois da conclusão de parte da requalificação da EN125 (entre Vila do Bispo e Olhão), e a pedir o fim das portagens na Via do Infante.

Números que preocupam e fazem pensar

“Realmente, são números que dão que pensar e que nos preocupam”, refere ao JORNAL DO ALGARVE Hugo Pena, do Movimento de Cidadania dos Utentes da EN125 – Sotavento, lembrando que “as estradas algarvias não sofreram qualquer investimento público ao nível da requalificação e manutenção durante mais de duas décadas”. E mesmo a recente requalificação da EN125, entre Vila do Bispo e Olhão, foi feita com “erros crassos ao nível da segurança rodoviária”, critica o responsável…

Leia a notícia completa na edição em papel.

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