Catarina Martins quer reforço nos cuidados primários na região

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Uma maior aposta nos cuidados primários de saúde no Algarve foi o apelo deixado esta segunda-feira pela líder do Bloco de Esquerda (BE) numa região do país que diz ter uma grande carência nos serviços de saúde.

Catarina Martins defendeu que os cuidados primários “têm uma importância muito grande” no acompanhamento dos doentes com covid-19 que não precisam de internamento e uma importância determinante em “tudo o que é doença não covid,” nomeadamente no acompanhamento dos doentes crónicos e prevenção da doença.

À margem de uma visita ao Centro de Saúde de Olhão, a coordenadora bloquista sublinhou que a sobrecarga que os enfermeiros e médicos de famílias “têm neste momento” coloca em causa esses objetivos.

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“Tantos meses de pandemia com tanto adiamento de atividade programada, há muitas pessoas a precisarem desse apoio dado pelos médicos e enfermeiros de família que estão neste momento sobrecarregados com trabalho burocráticos e que precisam de reforço”, realçou.

Catarina Martins alertou que os médicos e enfermeiros estão “afogados em tarefas burocráticas” defendendo que é necessário garantir quem os possa “libertar” dessas tarefas.

Afirmando que “há matérias em que é preciso agir já”, recordou que os concursos para enfermeiros de cuidados primários “ficam vazios” porque “são oferecidos contratos de quatro meses” e “ninguém pode mudar a vida toda” apenas por esse período de tempo.

A modernização das centrais telefónicas é outros dos pontos apontados pelo BE, para permitir dar resposta ao aumento de “consultas e contactos que se fazem” desde o início da pandemia.

Da reunião com os profissionais do Centro de Saúde, o BE diz ter sido alertado para os doentes que se viram obrigados a recorrer ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) por terem visto adiados os seus tratamentos nas clínicas privadas tratamentos, sobrecarregando um serviço “que já tinha pouca gente”.

Não querendo adiantar uma posição do BE quanto à duração e limitações do confinamento anunciado pelo Governo a partir da próxima quinta-feira, realçou que terá de ser acompanhado por “apoios sociais e económicos para que eficazmente seja possível fazer o confinamento”.

A líder bloquista recordou que os profissionais do SNS fizeram 15 milhões de horas extraordinárias em 2020, sem terem tido férias, por isso merecem todo o “respeito e que o país se organize para tentar limitar os contágios”, conclui.

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