Enfermeiros iniciam dois dias de greve nos centros de saúde algarvios

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Esta quinta-feira decorre o primeiro de dois dias de greve nos centros de saúde algarvios, convocados pelo SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. O SEP e o STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas organizam também, amanhã, 23 de agosto, a partir das 11h00, uma concentração à porta da ARS Algarve (rotunda do fórum Algarve em Faro).

“A ARS Algarve nada fez para evitar esta greve. Todos os constrangimentos que surgirem no atendimento aos utentes, no decurso da greve, são da sua inteira responsabilidade”, refere o sindicato em comunicado.

Entre os motivos desta greve, o SEP destaca “a contabilização correta de pontos para a justa progressão”, “a revisão dos mapas de pessoal para admissão de 150 enfermeiros”, “o pagamento em atraso, desde 2016, de mais de 1000 horas e mais de 10 mil euros de trabalho extraordinário aos enfermeiros da Unidade de Desabituação do Algarve/DICAD”, “uma solução urgente para as unidades onde já finalizaram e irão a finalizar as comissões de serviço de enfermeiros em chefia e a integração desses colegas na categoria de especialista” e “que acabe com a imposição das 40 horas semanais e com a chantagem de não pagamento de incentivos financeiros nas USF modelo B”.

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Entretanto, o conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve já deixou uma mensagem de tranquilidade a todos os profissionais de enfermagem na região do Algarve, frisando que encontra-se disponível para “continuar a dialogar com o sindicato e chegar a um entendimento sobre as reivindicações do SEP, tendo como objetivo encontrar as melhores soluções, sem prejudicar os enfermeiros do Algarve em relação às outras regiões”.

“Desde que iniciou funções, este conselho diretivo assumiu como uma das suas prioridades a valorização e o reforço de todos os profissionais que integram esta instituição, quer na melhoria das condições de trabalho quer na contratação de mais recursos humanos, incluindo os profissionais de enfermagem”, salienta a ARS.

Além disso, a Administração Regional de Saúde adianta que a evolução do número de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde na região do Algarve “tem vindo a aumentar de forma consistente nos últimos quatro anos nos cuidados de saúde primários (394 em 2015; 443 em junho de 2019), estando ainda em fase de conclusão um concurso para o ingresso de mais enfermeiros”.

Entretanto, a adesão no primeiro de dois dias da greve situa-se entre os 50% e 100%, de acordo com um balanço provisório divulgado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Segundo o sindicato, verifica-se uma paralisação total (100%) nas Unidades de Saúde Familiares de Albufeira e Farol (Faro), na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Lagos, no Centro de Saúde de Vila do Bispo e na Equipa de Apoio Domiciliário dos Cuidados Paliativos de Tavira.

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