Orlando Palma fumava há quase três décadas, mas há três anos e seis meses que não toca num cigarro depois de ter recorrido ao programa de cessação tabágica implementado pela Câmara Municipal de Castro Marim.
“Já tinha tentado fazer um tratamento, dois anos antes, mas desisti porque a medicação era muito cara. Naquela altura, cada caixa custava mais de oitenta euros e tinha que comprar várias. Acabei por desistir.”, conta, revelando que o facto do programa implementado pela Câmara ser totalmente gratuito contribuiu para que, desta segunda vez, tivesse conseguido completar o tratamento até ao fim.
“Era um escravo do tabaco. Estava dependente daquilo”, diz Orlando Palma, explicando que, além das questões de saúde, o gasto “já representava um grande peso” na carteira. “Também gosto de praticar desporto e comecei a ver muito mal o facto de andar de bicicleta com os meus colegas e estar a puxar de um cigarro cada vez que fazíamos uma paragem”, recorda.
“Na semana em que comecei a tomar os comprimidos comprei um maço de tabaco. Durou-me toda a semana e foi o último que comprei. Uns dias depois pedi um cigarro a um amigo, dei duas passas e joguei-o fora. Sabia mal, cheirava mal. A partir daí deixei de ter vontade de fumar. Nunca mais comprei tabaco.”, conta.
Hoje, mais de três anos depois de ter deixado o vício do tabaco, deixa uma mensagem de incentivo, e um concelho, a quem quer seguir os seus passos: “Agora já nem me lembro de fumar. O tabaco incomoda-me. Há pessoas que voltaram a fumar, provavelmente porque pensavam que conseguiam deixar o tabaco só por causa do medicamento. O medicamento é uma ajuda, mas quem quer deixar de fumar tem de estar mentalizado que o quer fazer realmente. Assim é tudo muito mais fácil”.
Domingos Viegas