Espanhóis preferem manifestar-se a fazer greve

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O centro da cidade de Madrid na passada quarta-feira, dia da greve geral (foto: CCOO)

Passada a greve geral de 14 de novembro, a segunda que sofre o Governo de Mariano Rajoy, conclui-se com clareza que este instrumento de pressão está a perder fôlego.
Apesar dos números triunfalistas avançados pelos sindicatos que convocaram a greve, a paralisação de quarta-feira não foi seguida por toda a população. A vida não parou nas grandes cidades e menos ainda nos núcleos rurais.

Paralisações sectárias

Apenas alguns grandes centros industriais, como fábricas de automóveis, ou de distribuição, como os mercados centrais, suspenderam totalmente a sua atividade. A União Geral dos Trabalhadores (UGT), de orientação socialista, e as Comisiones Obrebras (CCOO), de origem comunista, fixam em 70% a adesão à greve, número contestado pelo Governo e meios de comunicação.

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A população aderiu, sim, à manifestação convocada para o final do dia em quase todas as cidades espanholas. Esta parece ser a fórmula preferida dos cidadãos para exteriorizarem o seu mal-estar perante a política de cortes e desmantelamento do estado social levada a cabo pelo Governo para cumprir os termos da troika.

Marchar, sim!

Sair à rua dá uma ideia de unidade e apenas comporta os riscos de ser apanhado em confrontos. Como habitualmente, na quarta-feira os grupos minoritários profissionais da provocação envolveram-se em confrontos violentos com a polícia. O saldo foram 130 detenções e meia centena de feridos.

Angel Luis de la Calle (Rede Expresso)

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