Está a nascer em Loulé um resort sustentável inspirado na aldeia algarvia

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Inserido em 153 hectares de natureza em estado puro, por entre serras e colinas suaves, ribeiras e florestas de árvores exuberantes, o Ombria Resort vai reunir o melhor do campo, a proximidade ao litoral e as ligações com o exterior. Localizado no interior do Algarve, a 7km a norte de Loulé e a 20km das praias e do aeroporto de Faro, torna-se “o destino ideal para viver o Algarve muito para além do verão”, segundo o grupo finlandês Pontos, detentor do projeto.

“Carved by Nature” é o mote do projeto, inserido numa paisagem autêntica, rodeado pela natureza, em contacto com o Algarve genuíno e parceiro da comunidade local. A nascer como um destino ímpar, com o intuito de cativar quem valoriza o “slow living”, o Ombria Resort pretende “oferece uma filosofia de vida que convida a viver de forma desacelerada e a usufruir do que de melhor a natureza tem para oferecer”.

A abertura do Ombria Resort está prevista para o segundo semestre de 2022.

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Este é um projeto turístico que promove a autenticidade local, a ligação à natureza e a consciência ambiental. O conceito e design de baixa densidade, a utilização das técnicas da arquitetura bioclimática para aproveitar melhor as condições climáticas, o uso de fontes de energias renováveis, a certificação energética e ambiental e o respeito pelo meio ambiente e a tradição local são os princípios fundamentais do Ombria Resort.

Uma aldeia algarvia como inspiração

Com um índice de construção de apenas 3,5% de área – o que o torna num dos empreendimentos com mais baixa densidade de construção na Europa – tem como imagem de marca a recriação de uma aldeia algarvia no topo de uma das colinas, onde haverá lugar para a torre sineira e para uma grande praça, que será o palco central de uma agenda de eventos que darão vida ao resort ao longo de todo o ano.

É isso mesmo que explica o arquiteto João Perloiro, do atelier de arquitetura Promontório, responsável pelo projeto: “O conceito desenvolvido procura uma identidade baseada na recriação da imagem de uma aldeia serrana do barrocal algarvio, simulando o seu crescimento natural ao longo do tempo, através da sucessiva adição de pequenos edifícios, que se vão adaptando à morfologia e à topografia do lugar. A colina do hotel do Ombria Resort assemelha-se ao aglomerado urbano de Querença, em que as construções ladeiam a encosta, tirando partido das vistas e da exposição solar”.

A utilização de elementos decorativos, azulejos feitos à mão e chaminés de terracota, bem como corrimões e balaustradas metálicas rendadas, introduzem uma diversidade e riqueza no desenho, que é ao mesmo tempo coeso e autêntico. Modestamente ornamental, inspira-se no imaginário do regionalismo crítico dos pós-guerra de figuras como Fernand Pouillon, Rudolf Olgiati ou Fernández del Amo, na tentativa de conciliar uma expressividade contemporânea com as inflexões regionais trazidas pela cultura, paisagem e clima.

A abertura do Ombria Resort está prevista para o segundo semestre de 2022

No Ombria Resort, os vários edifícios que formam o conjunto do Hotel e Clube de Golfe partilham a mesma linguagem arquitetónica, baseada na evolução das casas populares algarvias para edifícios contemporâneos, misturando os materiais e linguagens. Essas características são dadas, explica João Perloiro, “pela mesma expressão das arcadas e das galerias, pelas diversas formas dos volumes das coberturas inclinadas e dos remates dos beirados, pelas molduras dos vãos e dos cunhais, pela pedra dos muros e dos embasamentos, e todos os materiais de construção e suas cores”. E acrescenta: “Esteticamente, os volumes simples de telhados de duas águas, que constituem a maior parte do conjunto, são inspirados numa leitura da arquitetura vernacular das aldeias do Algarve. O rés-do-chão, construído em betão pigmentado de cor semelhante à do solo envolvente, numa técnica evocativa da taipa, reduz a perceção visual da altura de três para dois andares”.

Para o arquiteto da Promontório, foi também desafiante o facto de o resort se localizar no cume de uma colina exposta a noroeste e sudeste. “A localização tornou o desenho desafiante, na medida em que obrigou a conciliar o sistema de vistas com a otimização da exposição solar. O desenho proposto foi morfologicamente concebido como uma aldeia em que um conjunto de volumes informais de dois e três pisos se dissolve na paisagem adaptando-se suavemente aos contornos da topografia, em diferentes socalcos”.

Todo o sistema do hotel é baseado num “núcleo central” ao redor de uma praça e uma torre sineira, que contém todos os serviços e equipamentos (receção, lobby, restaurantes, bar, piscinas, áreas para reuniões), a partir de onde, a pé, de golf ou carts eléctricos, os hóspedes irão aceder às diferentes unidades de alojamento, ficando os automóveis estacionados em cave através de um serviço de valet parking.

Por outro lado, o arquiteto também apostou na utilização de materiais regionais e nacionais, tais como pedras, tijoleiras, rebocos, e isolamentos tendo em vista criar um elevado grau de sustentabilidade nos processos de transporte e transformação.

A filosofia do projeto vai ao encontro da criação de um novo destino de luxo sustentável, promovendo e apoiando o interior do Algarve, contribuindo para a economia local, valorizando a região e as tradições culturais, apoiando os artesãos locais e o seu conhecimento dos materiais e das tradições.

Pode acompanhar a evolução da construção aqui.

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