Estação Náutica do Baixo Guadiana “vai dinamizar a economia do território”

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É a única de caráter transfronteiriço e a que abarca um território maior (cinco municípios) entre as 15 que foram recentemente certificadas em todo o país

DOMINGOS VIEGAS

O presidente da Associação Naval do Guadiana (ANG), de Vila Real de Santo António, não tem dúvidas de que a Estação Náutica do Baixo Guadiana “vai contribuiu para dinamizar a economia do território” e revela que a ANG já está a trabalhar para que esta seja a primeira do país a ter instalações próprias.

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O Fórum Oceano e o Ministério do Mar lançaram o desafio para as candidaturas e, no passado mês de novembro, foram certificadas as primeiras 15 estações náuticas do país, três das quais no Algarve (Baixo Guadiana, Vilamoura e Faro).


“Aceitámos o desafio porque consideramos que o território do Baixo Guadiana tem as condições naturais essenciais para ter uma estação náutica de grande relevo no país. Começámos a trabalhar e contactámos algumas entidades públicas, tendo obtido a adesão das Câmaras de Vila Real de Santo António, Castro Marim, Alcoutim e Ayamonte, imediatamente, e de Mértola, posteriormente. Paralelamente, contactámos uma série de entidades privadas ligadas à náutica, aos serviços náuticos, à hotelaria, à gastronomia, para serem, também, nossos parceiros”, explica Luís Madeira.


A Estação Náutica do Baixo Guadiana, cuja candidatura foi encabeçada pela Associação Naval do Guadiana (ANG), destaca-se pela diferença. Trata-se da única que tem um clube náutico como entidade coordenadora, é a única com dimensão transfronteiriça, porque integra o município espanhol de Ayamonte, e é, ainda, a que abrange um território maior, já que, além de Ayamonte, inclui os municípios de Vila Real de Santo António, Castro Marim, Alcoutim e Mértola.


Luís Madeira, presidente da ANG, explica que o grande objetivo “é criar uma oferta de qualidade, e centralizar toda a informação sobre essa oferta, para que o visitante saiba o que pode encontrar” quando está neste território.


“Trata-se de ter organizada a oferta de todos os serviços que o turista tem à sua disposição. Têm que ser serviços de qualidade, que sejam abrangentes e que contribuam para a diversificação. Estes serviços podem ir desde a estadia do barco, até à prática de canoagem, kitesurf, pesca, passando pela caça, gastronomia, alojamento, cultura, reparação naval, passeios culturais ou na natureza…”, refere.


Apesar de se tratar de uma estação náutica, o dirigente sublinha que quem tem barco “é, apenas, mais um potencial cliente” daqueles serviços. A estação náutica “é para qualquer turista que está nesta zona e quer ter alguma experiência, por exemplo, relacionada com a atividade náutica, como alugar uma moto de água para subir o rio, mas também para quem quer ir comer a um bom restaurante, fazer um passeio cultural ou pela natureza”.


Em relação às parcerias, Luís Madeira frisa que “quem não tiver uma atividade responsável e organizada não pode ser parceiro” e que o objetivo é “proporcionar uma oferta de qualidade a quem nos visita”. A estação náutica facilitará a informação sobre esta oferta de qualidade existente em cada um dos cinco municípios.


“As estações náuticas pretendem funcionar como uma entidade agregadora de todos esses parceiros e publicitar todos os serviços de qualidade disponíveis no seu território. Com isto, qualquer visitante sabe que, por exemplo, além do porto de recreio em Vila Real de Santo António, tem mais pontos de apoio ao longo do rio, fica a saber as atividades que pode fazer enquanto cá estiver, onde comer com qualidade, os locais de interesse que pode visitar”, acrescenta.


Já há informação disponibilizada na Internet, nomeadamente nos ‘sites’ da ANG e do Turismo de Portugal, mas, brevemente, a Estação Náutica do Baixo Guadiana terá um ‘site’ próprio. Depois da certificação, outro dos próximos passos será a criação de instalações próprias. “Vamos funcionar, inicialmente, no primeiro piso do edifício da ANG. Mas já estamos a trabalhar para que esta seja a primeira estação náutica do país a ter instalações próprias”, revela Luís Madeira.


“A ANG assumiu todas as despesas da candidatura e está a coordenar o projeto, mas, no futuro, a Estação Náutica será aquilo que os parceiros quiserem que seja. A Câmara de Vila Real de Santo António deu uma ajuda muito importante, disponibilizando uma pessoa a tempo inteiro desde o início do processo de certificação. No próximo mês de janeiro teremos mais uma reunião com todos os municípios para verificar até onde é que cada um pode chegar. Porém, não podemos esquecer que os parceiros privados também têm aqui um papel muito importante, desde logo aportando essa qualidade que é necessário garantir ao visitante”, conclui o presidente da ANG.

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