Estado Islâmico afirma ter tomado total controlo sobre Ramadi

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O autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) afirmou este domingo ter tomado total controlo sobre a cidade iraquiana de Ramadi, na província de Al-Anbar.

Muhannad Haimour, porta-voz do governador da província, disse que a cidade, localizada a centenas de quilómetros a oeste de Bagdad, foi tomada por combatentes do grupo radical, bem como o quartel-general das forças de segurança da cidade. “A cidade foi completamente tomada… Foi uma deterioração gradual. Os militares estão a fugir”, referiu, citado pelo “The Guardian”.

Este domingo de manhã, o primeiro-ministro Haider al-Abadi ordenou a milícias xiitas para se preparem para entrar em campo, depois de ter tido acesso a relatórios que confirmavam a expulsão das forças governamentais de uma base militar nos arredores de Ramadi, levada a cabo pelos combatentes do Daesh. O primeiro-ministro foi também informado de que as forças de segurança tinham abandonado as suas armas e veículos e tinham fugido.

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Fontes da polícia e do exército confirmaram a morte de 10 pessoas e 15 feridos na sequência de quatro bombardeamentos que ocorreram em simultâneo no bairro de Malaab, a sul de Ramadi, tendo como alvo agentes da polícia.

Num comunicado enviado às forças militares, o exército iraquiano pedia-lhes para não abandonar a província de Al-Anbar. “A vitória vai estar do lado do Iraque porque o Iraque está a defender a sua liberdade e dignidade”, lê-se no documento, citado pelo “The Guardian”.

O Daesh reivindicou a vitória em fóruns jiadistas: “Deus permitiu aos soldados do califado limpar toda a cidade de Ramadi. Eles controlam-na, com os batalhões de tanques e lançadores de mísseis que aí se encontram, bem como o centro de comando das operações”.

“Dezenas [de membros das forças pró-governamentais] foram mortos e centenas de renegados fugiram”, congratulou-se o grupo radical, referindo-se com o termo “renegados” aos combatentes das tribos sunitas aliados ao Governo iraquiano.

Parte da cidade de Ramadi tinha já sido tomada esta semana pelos combantes do grupo radical, que lançaram uma nova ofensiva sobre a região. Segundo Muhannad Haimour, porta-voz do governador da província de Al-Anbar, os combates fizeram cerca de 500 mortos em dois dias, entre civis e membros das forças de segurança.

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