Os Estados Unidos lançaram na noite desta quinta-feira um ataque aéreo na Síria que teve como alvo o “jiadista John”, um presumível carrasco do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh). No entanto, ainda está por apurar se o ataque do drone norte-americano matou o terrorista, de acordo com as informações reveladas pelo Pentágono.
“Estamos a avaliar os resultados da operação desta madrugada e vamos facultar informações adicionais quando se revelar adequado”, afirma, em comunicado, Peter Cook, um porta-voz do Pentágono, sem revelar se Mohammed Emwazi foi abatido no bombardeamento levado a cabo na cidade de Raqa.
Emwazi é um cidadão britânico que participou nos vídeos das execuções de vários reféns do Estado Islâmico. Entre as vítimas que apareciam nos vídeos ao lado de Emwazi encontravam-se os jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley; o trabalhador humanitário, igualmente norte-americano, Abdul-Rahman Kassig; os trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning; o jornalista japonês Kenji Goto; entre outros.
De acordo com os reféns norte-americanos que conseguiram escapar ao Daesh e voltar aos Estados Unidos, Emwazi fará parte de um grupo de terroristas do Daesh que é comparado aos Beatles, uma vez que todos os membros são britânicos. Segundo as informações avançadas pelo jornal norte-americano “The New York Times”, a operação terá visado também outros membros deste grupo.
Mohammed Emwazi ficou conhecido como “jiadista John” devido ao seu forte sotaque britânico, que se destacava nos vídeos das execuções em que se apresentava sempre de cara tapada e empunhando uma faca que colocava junto ao pescoço nos reféns.
O “jiadista John” nasceu no Kuwait, numa família de origem iraquiana, mas os seus pais mudaram-se para a Grã Bretanha em 1993. Programador informático, Emwazi estava referenciado pelos serviços de segurança pelo menos desde 2009.
Jiadista é procurado há um ano
De acordo com os reféns norte-americanos que conseguiram escapar ao Daesh e voltar aos Estados Unidos, Emwazi fará parte de um grupo de terroristas do Daesh que é comparado aos “Beatles”, uma vez que todos os membros são britânicos. Segundo as informações avançadas pelo jornal norte-americano “The New York Times”, a operação terá visado também outros membros deste grupo.
Os esforços da coligação de países que luta contra as forças do Daesh para capturar Emwazi arrastam-se há mais de um ano e tiveram início após a divulgação do vídeo de agosto de 2014 que mostrava a execução de James Foley. A captura e morte do terrorista britânico poderá, a confirmar-se, ter um significado simbólico na luta contra o Daesh.
Rede Expresso
