A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) organiza este sábado, às 13h00, no restaurante “Brasas & Filhos”, em Almancil, um almoço e um debate, seguidos de uma marcha lenta de veículos, a partir das 16h00, pela suspensão das portagens na A22.
A marcha lenta passará pelo sítio do Além (S. João da Venda) e pela variante de Almancil (zona poente), onde serão colocados memoriais e feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de acidentes na EN 125. “Será pedido aos condutores em circulação que se associem em homenagem às vítimas”, explica a CUVI, recordando que esta será, apenas, a primeira das ações de protesto previstas para os próximos meses.
“As portagens impostas pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS, já há quase três anos e meio, estão a arruinar o Algarve e as suas populações. Chegou a hora de confrontar os responsáveis políticos – à porta das eleições legislativas – pelas desastrosas consequências das portagens na região”, alertam os utentes da Via do Infante (A22).
A CUVI frisa que “temos um verdadeiro estado de guerra na região”, com “uma média de 20 acidentes por dia, ou seja, cerca de 600 acidentes por mês e 7300 por ano, a maioria na EN 125, onde muitas famílias foram destroçadas” e sublinha ainda que “já são mais de 100 vítimas mortais” e “muitas centenas de feridos graves”.
Para os utentes da Via do Infante “é um grande suplício circular na EN 125”, pois esta “não passa de uma rua urbana e a sua requalificação continua a marcar passo”.
As portagens na A22 “contribuíram para o agravamento da crise social e económica” e aquela via “é uma PPP [parceria público-privada] muito ruinosa, pois mesmo com a cobrança de portagens dá um prejuízo anual de 40 milhões de euros”, denunciam os utentes.
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