Estoi: Vai ser apresentado primeiro volume da obra de Emiliano da Costa

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o primeiro volume de uma coleção completa da Obra Poética de Emiliano da Costa, comemorando os 135 anos do seu nascimento, 03 de dezembro de 1884, vai ser apresentado na próxima sexta-feira, dia 6 de dezembro, na sede da Junta de Freguesia em Estoi.
A coleção agora iniciada tem por título “EMILIANO DA COSTA – OBRA POÉTICA” e é reunida e comentada por Luís Barriga. Este primeiro volume tem o apoio à edição da União de Freguesias de Conceição e Estoi e da Câmara Municipal de Tavira.

O poeta, Augusto Emiliano da Costa, nasceu na cidade de Tavira, a 3 de dezembro de 1884, ali dá os seus primeiros passos e aprendeu as primeiras letras. Das margens do rio Séqua/Gilão partiu para Beja, onde viveu a sua adolescência e frequentou o Liceu daquela cidade alentejana.
Mais tarde rumou a Coimbra, onde se formou em Medicina, em 1914. Regressado ao Algarve, veio morar para Estoi, onde começou a exercer medicina na Rua da Igreja. Casou a 16 de março de 1915, aos trinta anos de idade, com Isabel Maria da Cruz Coelho de Brito e vão morar para a Rua do Pé da Cruz. Em 1919 é integrado no partido médico-cirúrgico com sede em Estoi e depois de uma longa carreira profissional reformou-se em 1954. Emiliano da Costa adotou a aldeia de Estoi como sua e aí permaneceu até à morte, em 1 de janeiro de 1968.
Como referia em “Bailado das Sete Cores” de 2003, o professor Amílcar Quaresma:

“…podemos concluir que duas terras podem orgulhar-se, particularmente, de estarem ligadas à memória deste grande poeta algarvio. Se Tavira é a cidade do seu nascimento e o Gilão o rio da sua meninice, Estoi é afinal o lugar, onde passou, pelo menos, 50 dos anos da sua vida…”
Diz-nos Luís Barriga que Emiliano da Costa faz parte das suas memórias. A casa do Poeta era paredes meias com a casa dos seus avós maternos, e apesar de Emiliano da Costa ter falecido quando ele ia fazer sete anos, lembra-se bem do Poeta na sua cadeira de rodas. Ainda na sua adolescência folheou os seus livros e muito pouco entendeu da sua escrita poética. Mais tarde, já sob a orientação do prof. Amílcar Quaresma, leu e aprendeu a gostar de algumas poesias do Poeta. Assistiu à mágoa do professor Amílcar, por não se ter festejado condignamente o centenário do Poeta e hoje infelizmente

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Emiliano da Costa está quase esquecido. Tudo isto começou a inquietar o escritor, embora em toda a sua escrita a poesia de Emiliano esteja presente, não era suficiente, assaltava-lhe a sensação de que tinha que fazer mais alguma coisa, mesmo que imperfeita, que devia dar o seu contributo para a divulgação do Poeta. Vai por isso lançar a primeira pedra deste edifício, que é reunir e comentar a Obra Poética de Emiliano da Costa.

Aproveita, também, Luís Barriga para homenagear Sidónio de Almeida, pintor farense, também ele muito esquecido, que esculpiu o busto de Emiliano da Costa e ofereceu ao Poeta o retrato a lápis que surge na capa.

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