Estrada que ameaçava Centro Agrário de Tavira retirada do projeto

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A empresa Infraestruturas de Portugal (IP) retirou do projeto de eletrificação da linha ferroviária do Algarve a estrada que ia atravessar o Centro de Experimentação Agrária de Tavira e, segundo os especialistas, ameaçar uma coleção única de fruteiras e videiras.

A estrada iria atravessar a propriedade onde está uma coleção de cerca de 1000 fruteiras da região, o que motivou protestos por parte de vários setores.

 O seu traçado estava previsto como alternativa ao encerramento da passagem de nível junto à estação ferroviária de Tavira.

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No entanto, “face às reclamações que vieram a público relativamente à solução prevista” a IP retirou a estrada do projeto de eletrificação da linha entre Faro e Vila real de Santo António.

Em resposta enviada à agência Lusa, fonte da IP justificou ter retirado a “pretensão de construção do referido restabelecimento rodoviário no âmbito do projeto de modernização da Linha do Algarve, que se encontra em procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, por forma a que o processo pudesse continuar a sua tramitação”.

 A mesma fonte esclareceu que “já não será contemplada a supressão da passagem de nível rodoviária na empreitada a realizar de eletrificação da Linha do Algarve” e que “a supressão do atravessamento rodoviário” na passagem de nível junto à estação de Tavira “passará a ser desenvolvida, no futuro, no âmbito de uma empreitada autónoma”.

“No âmbito do estudo da futura solução para esta supressão, a IP avaliará em conjunto com a autarquia de Tavira e demais entidades interessadas, uma solução adequada para este restabelecimento rodoviário”, acrescentou.

“A IP, responsável do projeto, reconheceu que seria necessário um percurso alternativo para o trânsito automóvel entrar na cidade, pelo que o CEA, de momento, está a salvo”, afirmou o deputado do PSD, Rui Cristina, em comunicado.

A mesma fonte citou a resposta dada pelo Governo às questões do PSD sobre a matéria, esclarecendo que “a Declaração de Impacte Ambiental do projeto refere agora que não existem condições favoráveis para emitir decisão favorável à solução técnica apresentada pela Infraestruturas de Portugal”.

“Está assim afastada, de momento, a expropriação parcial de terrenos, que hoje pertencem ao CEA de Tavira, e a consequente fragmentação desta propriedade que comprometia o funcionamento prático e a viabilidade científica deste centro que, futuramente, se veria sujeito aos mais variados tipos de poluição e especulação”, sublinhou o PSD.

Questionada pela agência Lusa, a Câmara Municipal de Tavira respondeu ter tomado “conhecimento desta decisão através da nota de imprensa do PSD”, mas garantiu que, na autarquia, “ainda não foi rececionada qualquer comunicação formal por parte da IP, referente a esta questão”.

“Aguardamos, portanto, o contacto da IP para estudar outra alternativa que sirva a cidade e a sua população”, acrescentou fonte do município.

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