Estrangulamento e golpes na cabeça mataram Carlos Castro

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Amigos falam de relação acabada de forma violenta, mas a família nega tudo

O gabinete de medicina legal de Nova Iorque anunciou hoje que a morte do colunista social português Carlos Castro foi causada por agressões violentas na cabeça e estrangulamento.

Ellen Borakove, porta-voz da instituição, disse à agência Lusa que o relatório do médico legista aponta “lesões causadas por impacto violento” e “compressão no pescoço” como causas da morte de Castro, na sexta-feira, num hotel de luxo em Nova Iorque.

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Segundo a mesma fonte, todas as outras informações relativas à morte de Castro, nomeadamente a hora a que morreu e se o corpo apresentava sinais de mutilação, serão prestadas apenas à Polícia.

Mas os relatos que vão chegando dos amigos de Carlos Castro, 65 anos, e da Imprensa nova-iorquina deixam clara a grande violência que rodeou o crime, ocorrido na passada sexta-feira. O colunista foi encontrado nu e ensanguentado no quarto do Hotel Continental, em Times Square, que partilhava com Renato Seabra, de 20 anos, um jovem manequim natural de Cantanhede com quem convivia desde há cerca de três meses.

Renato foi visto a sair do hotel e seria detido horas depois num hospital onde pretendia ser tratado a ferimentos nas mãos. Inicialmente, os ferimentos foram atribuídos a uma suposta tentativa de suicídio, mas o jornal tablóide Daily News referia ontem, citando fontes policiais, que poderia tratar-se de golpes sofridos para se defender de um ataque com uma arma branca.

A Polícia mantém sob custódia o jovem português, suspeito do homicídio, em avaliação psiquiátrica num hospital da cidade. O jovem pode vir a ficar nos Estados Unidos arriscando-se a prisão perpétua.

Renato poderá ser fundamental para o esclarecimento do crime, mas ainda não terá sido formalmente interrogado, pois está sedado e sob observação médica.

Renato Seabra sentia-se preso na “luxúria” em Nova Iorque

Nos últimos telefonemas com a mãe, Renato Seabra disse que queria “voltar para casa” e que “ninguém o compraria com ambientes de luxúria”. A família garante que a relação do modelo com Carlos Castro era apenas profissional.

“Sinto-me numa prisão, estou farto, quero voltar para casa”. Estas terão sido as palavras de Renato Seabra no último contacto telefónico com a mãe antes de Carlos Castro ter aparecido morto em Nova Iorque. De acordo com as declarações da irmã do modelo à SIC, o jovem “disse que estava farto porque o queriam comprar com luxúria”.

Em entrevista à SIC, a irmã, cunhado e amigos do modelo de 21 anos afirmaram que Renato tinha apenas uma relação profissional com Carlos Castro. O colunista de 65 anos, que morreu assassinado na sexta-feira, terá sido quem contactou o jovem através do Facebook em meados de outubro, prometendo ajudá-lo na indústria da moda.

“O meu irmão é uma pessoa boa e calma, tenho a certeza que não fez nada. Se aconteceu alguma coisa é porque há uma história grave por trás. Ele foi a Nova Iorque com o senhor Carlos Castro porque ele estava a ajudá-lo no mundo da moda, apresentava-o a agências”, disse Joana Seabra, irmã do modelo.

Garantido que a relação era puramente profissional e que era este o motivo por trás da viagem aos EUA, Joana Seabra disse que nos últimos telefonemas o irmão dizia estar a “estranhar a comida” e que “dormia mal”. Ainda nesses contactos, afirmou à mãe que “não gostava do estilo de vida levado por lá”.

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