Estudantes “à rasca” para encontrar alojamento no Algarve

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Por esta altura, as nove residências universitárias do Algarve – num total de 558 camas – estão à pinha, deixando uma geração de estudantes “à rasca” para encontrar alojamento. Atualmente, só há quartos em residências para pouco mais de 30% dos alunos deslocados, um problema que está a afastar muitos potenciais estudantes do ensino superior

Conseguir um alojamento acessível é atualmente a maior preocupação dos estudantes da região. As nove residências da Universidade do Algarve, com 558 camas, estão completamente lotadas e a lista de espera é cada vez mais longa.

Estas residências encontram-se distribuídas por Faro, Gambelas e Portimão, e apresentam estruturas diferentes, estando organizadas por edifícios tipo residencial ou apartamentos. Mas não chegam para todos, já que o universo de alunos da academia algarvia ultrapassa os oito mil (20% dos quais internacionais, oriundos de mais de 80 nacionalidades, onde se destacam os estudantes vindos do Brasil) e, como tal, existe fila de espera, uma vez que a oferta existente não consegue dar resposta à procura.

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“Apesar de o problema em Lisboa e no Porto ser bastante mais grave, a situação no Algarve também está a piorar. Com o ‘boom’ do turismo dos últimos anos, os senhorios começam a abusar e algumas rendas já só estão acessíveis para os estrangeiros”, afirmou ao JORNAL do ALGARVE Marta Pardal, de 21 anos, estudante no polo de Portimão da Universidade do Algarve.

“Já vi quartos com condições terríveis, que nem consigo descrever, a mais de 300 euros”, refere a aluna.

Deslocada de Elvas, Marta conseguiu alojamento na residência universitária de Portimão, composta por quatro apartamentos onde residem atualmente 28 pessoas, sete por cada habitação. “Vivemos todos em casas cheias, mas, pelo menos, não temos de pagar preços altíssimos e estapafúrdios para arrendar uma casa”, frisa a jovem, que acaba por pagar apenas 75 euros na residência universitária de Portimão por ser bolseira.

Geração à rasca para encontrar alojamento

A viver também na residência pública, João Pires, de 19 anos, de Bragança, sente-se igualmente um privilegiado por pagar apenas 75 euros por mês, com despesas de gás, luz e água incluídas. “Só a comida e os transportes ficam por nossa conta”, declara, admitindo que “é complicado” viver numa residência, porque não há tanta privacidade, “mas em termos económicos é muito mais vantajoso”.

“A maioria dos nossos colegas, se não estivessem aqui a morar, muito provavelmente não poderiam estudar por dificuldades financeiras, já que encontrar um quarto ou uma casa acessível é quase impossível neste momento”, salienta o jovem estudante da Universidade do Algarve, que está no curso de turismo.

Também no seu caso, João Pires reconhece que, se não tivesse lugar na residência universitária, dificilmente estaria tão longe de casa a estudar. “Os quartos mais baratos que encontrei andavam à volta dos 175 a 250 euros. Se ainda tivesse de suportar as despesas com água, luz e gás, então, de certeza que andava sempre à rasca e a fazer contas ao dinheiro”, desabafa…

Leia a notícia completa na edição em papel.

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