Estudo indica que obesidade infantil baixou no Algarve

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O Algarve tem estado a participar numa iniciativa da Organização Mundial da Saúde que está a acompanhar os dados sobre a prevalência de obesidade infantil e os hábitos de vida das crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 8 anos.
Este trabalho teve início em 2008 e de acordo com os inquéritos mais recentes a região apresenta os dados mais baixos nacionais de obesidade infantil.
O inquérito foi realizado junto de 103 crianças que frequentam seis escolas algarvias e permitiu tirar várias conclusões que irão ser tidas em conta nas próximas atividades de prevenção de obesidade infantil que a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA) vai realizar.
“Considerando que o valor de prevalência de obesidade e pré-obesidade infantil, indicado no estudo realizado no Algarve em 2006 (30,2 por cento, entre os sete e os nove anos), (…) podemos constatar que os resultados obtidos na região do Algarve apresentam uma descida superior a 14 pontos percentuais”, refere a ARSA em comunicado.
Os dados revelam que as crianças algarvias apresentam a maior baixa prevalência de peso, pré-obesidade e obesidade do país, vindo reforçar a tendência que já vinha a ser detetada em estudos anteriores.
Para continuar a trabalhar nesta área da prevenção de doenças desde tenra idade, a ARSA sublinha que os resultados obtidos resultam de um trabalho multidisciplinar e transversal que tem sido realizado por diferentes instituições regionais e locais. Um trabalho de promoção de estilos de vida saudáveis que a ARSA pretende continuar a realizar.
O estudo realizado permitiu ainda outras conclusões como por exemplo: 4,5 por cento das crianças algarvias não tomam o pequeno-almoço todos os dias, 62 por cento nunca consome fruta fresca, 40 por cento nunca come hortícolas, o peixe é consumido com maior frequência do que a carne, 57,6 por cento não come sopa de legumes todos os dias, 92,1 por cento consome quatro ou mais vezes por semana batata frita de pacote, snacks, pipocas ou aperitivos salgados. As conclusões destacadas pela ARSA adiantam ainda que 50,5 por cento das crianças têm atividades desportivas extraescolares, 80,5 por cento tem mais de nove horas de sono por dia, 51,1 por cento passa menos de uma hora diária em computadores ou jogos eletrónicos durante a semana e 44 por cento gasta menos de uma hora por dia em computador ou jogos eletrónicos durante o fim de semana.
O estudo está a ser desenvolvido no âmbito do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil da Organização Mundial de Saúde. Este sistema foi criado com o objetivo de criar uma rede de informação sistemática e periódica sobre as características do estado nutricional infantil de crianças dos 6 aos 8 anos, comparável entre os países e regiões da Europa.

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