Estudo prova que Aeroporto de Faro tem ação direta no turismo residencial

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Doutoramento da UALG no Aeroporto traduzido em livro.

Os aeroportos são mais do que meras portas de entrada e saída de uma região ou de um país. As acessibilidades e facilidades que proporcionam têm impacto direto na economia da região que servem e a forma como atuam pode imprimir uma dinâmica mais ou menos positiva. Numa região como o Algarve, intensamente dedicada ao turismo, o trabalho do aeroporto tem impacto no turismo dito tradicional mas tem um impacto que era, até agora, desconhecido no turismo residencial

Sofia Cavaco Silva

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“Aeroportos e Turismo Residencial” é o tema da tese de doutoramento da docente da Universidade do Algarve, Cláudia Ribeiro de Almeida. Este estudo foi transformado num livro que foi lançado oficialmente na passada sexta-feira, no Aeroporto de Faro, local que serviu de base para estudo de caso da investigação.
A autora admite que muitas vezes foi questionada sobre o que têm os aeroportos a ver com o turismo residencial. Têm tudo a ver e é isso mesmo que defende nesta tese que foi acolhida de “braços abertos” pela ANA Aeroportos que já solicitou a continuação deste estudo. Este estudo “desbravou” terreno sobre uma área que continua a não ser de fácil quantificação e análise.
A inscrição no Plano Estratégico para o Turismo Nacional (PENT) do turismo residencial como produto turístico foi um ponto de partida para este estudo que vem mais uma vez demonstrar o quão complexo e amplo é o mundo do turismo.
A autora conseguiu ao longo de dois anos de estudo recolher informações junto de fontes por vezes não tão óbvias quando se estuda o turismo, nomeadamente os bancos, os negócios de manutenção e condomínios, a construção, as companhias aéreas, entre outros.
Dos depoimentos que obteve, Cláudia Ribeiro de Almeida diz ter percebido que – pelo menos até 2007 – o aumento de rotas aéreas para a região sempre significou um aumento de fluxos de turistas e também um aumento na aquisição de segundas habitações. Mas as low-cost imprimiram uma nova dinâmica na região.
“Analisámos por décadas. No caso dos turistas que vêm para cá há 40 anos fomos ver como era o tráfego do aeroporto nessa altura e como é agora. Percebemos que o boom da compra de casas tinha sido exatamente a partir do momento em que as low-cost começaram a operar aqui”, explicou.
“O boom começou essencialmente a partir de 2000. Em 2006 e 2007 também houve uma grande procura”, continuou. Um cenário que teve início com o interesse dos ingleses mas que o estudo indica que com a facilitação de crédito habitação por parte dos bancos portugueses que criaram filiais noutros países
(…)
[peça publicada na íntegra na edição papel do Jornal do Algarve de 21 de Outubro – já nas bancas]

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