Um novo estudo norte-americano aponta que dormir pouco aumenta o risco de desenvolver Alzheimer. Segundo investigadores da Universidade de Saúde e Ciência de Portland, o cérebro costuma eliminar as toxinas associadas ao Alzheimer durante o sono. Testes efetuados em animais mostraram que a falta de descanso conduz à destruição de algumas zonas do cérebro.
“Mudanças nos hábitos do sono podem de facto favorecer a evolução para um estágio de demência”, diz Jeffrey Iliff, cientista da Universidade de Saúde e Ciência de Portland, citado pela NPR. O investigador indica que as novas descobertas explicam que a relação entre o Alzheimer e sono vai além do facto de a doença afetar zonas centrais do cérebro que são responsáveis pela regulação do sono.
“O fluido que normalmente está fora do cérebro, o líquido cefalorraquidiano – que é limpo – começa de facto a circular através do cérebro fora dos vasos sanguíneos”, acrescenta. Jeffrey Iliff refere que o facto de o cérebro, devido à falta de horas de sono, não eliminar as toxinas associadas ao Alzheimer aumenta a probabilidade de desenvolver a doença.
Por isso, a pergunta impõe-se: como prevenir? “Pode ser qualquer coisa, desde fazer exercício físico com mais regularidade ou novos fármacos. Muitos medicamentos para dormir não conduzem particularmente a profundos estágios de sono”, afirma Bill Rooney, diretor do Centro de Pesquisa Avançado da Universidade de Saúde e Ciência de Portland.
Em dezembro, outro estudo da Universidade de Stanford – divulgado no Journal of Clinical Investigation -, chegou a uma conclusão semelhante. Os investidores descobriram que o Alzheimer desenvolve-se quando células do cérebro morrem na sequência do mau funcionamento da célula micróglia, que é responsável pela limpeza de toxinas. O mesmo estudo concluiu que a probabilidade de desenvover a doença aumenta com a idade, uma vez que a ação da proteína EP2 impede que a ação da célula micróglia seja eficiente.
(Rede Expresso)