EUA e Egito confirmam que voo MS804 emitiu sinal de emergência antes de se despenhar

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Imagem divulgada pelo Ministério da Defesa do Egito

Quase duas semanas depois do desastre aéreo que vitimou 66 pessoas, autoridades egípcias e norte-americanas confirmaram esta terça-feira que o voo MS804 da EgyptAir emitiu um sinal de emergência quando se despenhou no mar Mediterrâneo na madrugada de 19 de maio, em rota do aeroporto Charles de Gaulle em Paris para o Cairo.

No seu website oficial, os Serviços de Informação do Estado egípcio avançaram que os investigadores “receberam informações de satélite que indicam a receção de um pedido de ajuda eletrónico emitido pelo transmissor de localização do avião [ELT]” e que as coordenadas em que esse sinal foi detetado estão agora a ser usadas para limitar a área de buscas pelas caixas negras do Airbus A320.

Essa informação foi confirmada à agência Bloomberg pelo tenente-coronel Jason Wilson, da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA): de acordo com o responsável dos serviços de meteorologia norte-americanos, o ELT do avião começou a transmitir sinais de emergência às 2h36 locais da madrugada de 19 de maio (menos uma hora em Lisboa), sete minutos depois de o avião ter desaparecido dos radares.

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O sinal foi captado por cinco satélites, levando ao alerta de uma estação de monitorização em Chipre, que confirmou assim a identidade do Airbus A320 e que reduziu a área de buscas pelos destroços do avião a cerca de três milhas (quase cinco quilómetros). Uma outra estação terrestre no estado de Maryland, nos EUA, também recebeu “dois alertas” dos satélites, que segundo Wilson não foram contudo suficientes para detetar a localização do transmissor do avião.

De acordo com os investigadores, vai levar mais de uma semana até que as caixas negras do avião possam ser recuperadas nessa zona de buscas no Mediterrâneo, altura em que um navio com as capacidades necessárias para a operação vai chegar à área, a sul da ilha grega de Creta. O tempo médio de vida útil das baterias dos transmissores de emergência do avião ronda as cinco semanas.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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