Euro ‘fraco’ ajuda fábrica de bombas de água algarvia a crescer 15% este ano

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A Britefil, uma empresa algarvia fundada nos anos 70, é a segunda a nível mundial a produzir bombas submersíveis em aço inoxidável, e espera crescer até 15 por cento este ano, beneficiando, entre outros fatores, da desvalorização do euro face ao dólar.

A Britefil, fundada nos anos 70 nas Campinas de Faro, Algarve, é a segunda fábrica a nível mundial a produzir bombas submersíveis em aço inoxidável. Na última década a família Brito desenvolveu tecnologia de última geração e hoje a unidade fabril fatura quatro milhões de euros/ano e exporta para países como Sudão, Tanzânia, Hong Kong, Rússia ou Síria.

“Comecei a trabalhar no ferro aos 13 anos numa oficina. Aos 22 anos estabeleci-me por minha conta. Hoje tenho uma fábrica com 35 funcionários que produzem cerca de 100 modelos de bombas para tirar água feitas totalmente em aço inoxidável e exportamos para o mundo inteiro”, recorda José de Brito Júnior, 82 anos.

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Em 2009, o volume de negócios da Britefil cifrou-se bem perto dos quatro milhões de euros, um valor justificado pela exportação das bombas que seguem para países como Emirados Árabes Unidos, Sudão, Etiópia, Uzbequistão, Rússia, Paquistão, Itália, Alemanha, Bélgica, Espanha, mas também para Marrocos, Angola, Moçambique, Eslováquia, Síria ou Tanzânia.

Para este ano, a estimativa dos proprietários da Fábrica Nacional de Bombas é crescer entre 10 a 15 por cento no volume de negócios em relação a 2009, adiantou à Lusa António Brito, neto do fundador da Britefil e que hoje já faz parte do clã familiar que gere a empresa.

A qualidade do produto é a mais valia do sucesso da fábrica fundada no concelho de Faro e que só tem como rival uma multinacional dinamarquesa, a Grundfos que desenvolve, vende e produz aproximadamente 16 milhões de bombas de água por ano, diz a empresa.

As bombas para tirar água são totalmente concebidas em aço inoxidável para construir as “mais fiáveis e mais eficientes bombas” ao contrário de outras bombas feitas com o interior em plástico, explicou António Brito, referindo que 45 por cento da produção de bombas serve para retirar desde um metro cúbico de água por hora até 150 metros cúbicos de água/hora.

Mesmo com a crise económica, o volume de negócios da Britefil tem sido mantido, tendo as variações sido pouco significativas, porque mesmo quando algumas encomendas enfraqueçem num dos países importadores, há sempre outro país importador que reforça os pedidos de ‘stocks’, explicam os donos da unidade fabril.

A queda do euro também pode ser outro trunfo para o aumento da faturação da Britefil, pois uma boa parte da exportação das bombas é para países que trabalham com o dólar, como os Emirados Árabes Unidos, e se o euro estiver mais barato encomendam mais material, acrescenta António Brito.

As bombas submersíveis da Britefil estão desenhadas para uma vasta gama de aplicações ligadas ao abastecimento de água, transferência de líquidos, tais como elevação, fornecimento de água subterrânea para o uso doméstico ou público, sistemas de irrigação agrícola ou hortofrutícola e diversas aplicações industriais.

Todos os componentes da bomba são fabricados em aço inox, uma matéria prima importada de Espanha e Alemnha, e a bomba contêm retentores internos em borracha lubrificados a água. O corpo da bomba é composto por etapas (andares) sobrepostas uma solução que permite construir bombas com variados cumprimentos consoante as necessidades.

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