O diretor da Eurocidade Guadiana, Luis Romão, destacou em reunião com a Secretária de Estado Isabel Ferreira, a necessidade de retomar o projeto de construção da linha férrea entre Huelva e Faro.
A Comissão de Coordenação do Desenvolvimento do Algarve (CCDR), representada pela Chefe de Cooperação, Susana Faisca, apoiou este pedido e valorizou a importância que teria para toda a Eurorregião.
O pedido foi feito numa reunião em que representantes das sete eurocidades ibéricas foram recebidos em Bragança, para serem informados da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço entre Portugal e Espanha. Segundo a Secretaria de Estado, Portugal quer converter a Raia num espaço onde não há aviso de que existe uma fronteira e para isso está em desenvolvimento uma Estratégia Comum que será transferida para a próxima Cimeira Ibérica, prevista para outubro próximo.
“O projeto de união do sul da Península Ibérica que liga Huelva a Faro deve ser colocado na agenda política o mais rápido possível. Enquanto nas regiões do norte são discutidas novas estações e a velocidade dos comboios no sul, ainda nem temos uma linha básica, absolutamente decisiva para o desenvolvimento da nossa Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia “, comentou Luis Romão, presente por videoconferência na reunião.
Por seu turno, a Secretaria de Estado informou que, embora o sindicato ferroviário Faro-Huelva tenha estado presente durante as reuniões estratégicas bilaterais, não foram estabelecidos prazos para a reativação dessa proposta.
Este pedido das autoridades que lideram a cooperação na península, Eurorregião e Eurocity, deve agora servir para que as autoridades dos dois países reconheçam que o planeamento deve começar a eliminar o déficit de infraestrutura de comunicação existente na parte sul do eixo atlântico.
A implementação da estratégia foi aprovada pelo conselho de ministros de Bragança em fevereiro passado e inclui aspetos como mobilidade rodoviária e ferroviária, criando ambientes favoráveis de investimento, parques tecnológicos, apoio a trabalhadores transnacionais, cultura ou saúde.
